sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Satélite cairá sexta na Terra; veja por que você não deve ser atingido

Um satélite desativado do tamanho de um ônibus está se aproximando rapidamente da Terra e deve atingir algum ponto do planeta amanhã. Onde exatamente isso irá acontecer, no entanto, só poderá ser determinado poucas horas antes do choque.
Apesar disso, a Nasa --proprietária do gigante de 6,5 toneladas-- pede calma à população e diz que as chances de alguém ser atingido são realmente muito baixas. Mas como, afinal, eles podem ter certeza?
A conta começa com a quantidade de detritos que deve chegar à superfície da Terra. Boa parte do Uars (Satélite de Pesquisa da Alta Atmosfera, na sigla em inglês) deve ser incinerado e destruído na reentrada.
Os cientistas estimam, no entanto, que pelo menos 500 kg devam resistir à alta temperatura, divididos em ao menos seis grandes fragmentos.
Considerando o tamanho do planeta e sua grande quantidade de áreas desabitadas, isso já seria um indício da dificuldade. Cerca de 70% do nosso planeta é coberto de água. Além disso, ainda há grandes porções de áreas praticamente desabitadas, como o deserto do Saara e a Sibéria.
De acordo com a Nasa, as chances de uma dos cerca de 7 bilhões de pessoas da Terra ser atingida por algum dos destroços do Uars são de 1 em 3.200. Já as chances de ele acertar uma pessoa específica --como você ou alguém que esteja ao seu lado-- é de quase uma em 22 trilhões.
SÓ UMA PESSOA FOI ATINGIDA
Apesar dos milhares de fragmentos de lixo espacial que se concentram na órbita da Terra, nestes quase 54 anos desde o lançamento do Sputnik 1 (o primeiro satélite artificial em órbita), não há registros confirmados de mortes provocadas por eles.
Na verdade, acredita-se que apenas uma pessoa tenha sido atingida por lixo espacial. Em 1997, a americana Lottie Williams foi atingida no ombro por um pequeno pedaço do que, segundo a própria Nasa, provavelmente era um pedaço de um foguete Delta. Ela não se machucou.
O SATÉLITE
Lançado pelo ônibus espacial Discovery em 1991, o Uars funcionou até 2005, observando a atmosfera da Terra.
Após ser desativado, passou a integrar a gigantesca massa de lixo espacial, que tem desde outros satélites defuntos até partes de foguetes e câmeras fotográficas e ferramentas "perdidas" por astronautas.

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