Mercúrio, o planeta do Sistema Solar que está mais próximo do Sol, vem encolhendo a uma intensidade que surpreende cientistas. O fato é tema de pesquisa desenvolvida pelo Instituto para Ciência Carnegie, de Washington (DC), Estados Unidos.
Astrônomos envolvidos na pesquisa afirmam que o encolhimento do planeta é da ordem de 11,4 quilômetros em seu diâmetro, e que ele teria diminuído desde a criação do Sistema Solar, 4,5 bilhões de anos atrás.
Dados de pesquisas anteriores apontavam um encolhimento em apenas dois ou três quilômetros em seu diâmetro.
O encolhimento pode ser identificado a partir da observação do relevo de Mercúrio, repleto de longas fileiras de montanhas curvilíneas. Vistas de cima, essas montanhas tornam o planeta similar a uma maçã em processo de apodrecimento, com "rugas" em sua superfície.
O estudo identificou que há mais dessas montanhas do que se imaginava anteriormente, um indicativo de que o encolhimento do planeta ocorre de forma mais intensa do que se pensava.
Massa coberta por lençol
O encolhimento, de acordo com os pesquisadores, ocorre devido à composição pouco usual do planeta, descrito pelo astrônomo Paul Byrne, envolvido no estudo, como "uma massa de núcleo flutuando no espaço coberta apenas por um fino lençol".O esfriamento da superfície do planeta (algo que ocorre mesmo com ele próximo do Sol) é que provoca o surgimento dessas "rugas" em sua superfície e, consequentemente, seu encolhimento em relação a suas medidas originais.
O estudo usou dados obtidos pelo equipamento Messenger, da Agência Espacial Norte Americana (Nasa), que desde 2004 orbita o Mercúrio, fotografando e fazendo medições de sua topografia.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/12/18/mercurio-encolheu-quatro-vezes-mais-do-que-pensavam-os-cientistas.htm
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