sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Pela 1ª vez, cientistas detectam moléculas de gás nobre no espaço

Astrônomos encontraram hidreto de argônio na Nebulosa do Caranguejo .
Íons teriam se formado com energia da estrela de nêutrons no centro.


Em azul, luz “visível” que vem da emissão de gases (energizados pela estrela neutra no centro) na Nebulosa Caranguejo vista pelo telescópio espacial Hubble, da Nasa. Em vermelho, luz infravermelha proveniente de poeira fria e gases vista pelo Observatório Espacial Herschel, da ESA (Foto: NASA, ESA, Alison Loll & Jeff Hester (University of Arizona))
Em azul, luz “visível” que vem da emissão de gases na Nebulosa Caranguejo vista pelo telescópio espacial Hubble, da Nasa. Em vermelho, luz infravermelha proveniente de poeira fria e gases vista pelo Observatório Espacial Herschel, da ESA (Foto: NASA, ESA, Alison Loll & Jeff Hester (University of Arizona))

Pela primeira vez, foi possível detectar a presença de um gás nobre no espaço, presente na Nebulosa Caranguejo, divulgaram nesta quinta-feira (12) astrônomos da University College London.
Ao analisar a nebulosa por meio do Observatório Espacial Herschel, os pesquisadores detectaram que a luz que sai de algumas regiões da Nebulosa do Caranguejo eram extremamente fortes e apresentavam picos “inexplicáveis”, segundo eles.
Ao consultar a base de dados sobre as conhecidas propriedades de diferentes moléculas, os cientistas descobriram que a emissão só poderia vir de íons de hidreto de argônio em rotação.
Os astrônomos dizem que a energia da estrela de nêutrons no coração da Nebulosa Caranguejo parece ter ionizado o argônio e, assim, formado o íon molecular ArH+ (hidreto de argônio).
Além de ser a primeira descoberta do tipo, ela apoia teorias científicas sobre como o argônio se forma na natureza, afirmam os autores do estudo publicado na "Science".
O Observatório Espacial Herschel, que concluiu sua missão recentemente, é um telescópio da Agência Espacial Europeia (ESA) com instrumentos desenhados para detectar sinais infravermelhos que têm comprimentos de onda que são bloqueados pela atmosfera da Terra. Objetos frios, como gases e poeira de uma nebulosa, irradiam principalmente no infravermelho, explicam os cientistas.
Segundo Mike Barlow, professor do Departamento de Física e Astronomia da UCL que liderou a pesquisa, a descoberta foi inesperada para o ambiente inóspito de uma nebulosa remanescente de supernova (corpo celeste surgido após a explosão de uma estrela).
Pela velocidade em que girava, o isótopo ("versão") de argônio encontrado na Nebulosa  do Caranguejo é o argônio-36. Na Terra, o isótopo predominante é o argônio-40, emitido pelo decaimento radioativo do potássio em rochas.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/12/pela-1-vez-cientistas-detectam-moleculas-de-gas-nobre-no-espaco.html

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