Jipe é o maior e mais moderno veículo já feito para explorar o planeta.
Sombra do Curiosity aparece na superfície de Marte nesta segunda (6) (Foto: Nasa/Brian van der Brug/AFP) |
A missão, que investiu cerca de US$ 2,5 bilhões (mais de R$ 5 bilhões) no projeto que pretende saber se o planeta vermelho já reuniu condições favoráveis à vida, foi declarada completa e um sucesso 1 minuto depois.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, qualificou de "feito histórico" a chegada do Curiosity a Marte. "Esse é um triunfo da tecnologia sem precedentes", diz o comunicado presidencial.
Sombra do Curiosity aparece na superfície de Marte nesta segunda (6) (Foto: Nasa/Brian van der Brug/AFP) |
A Nasa confirmou que a nave, de 1 tonelada, entrou na atmosfera do planeta a 20 mil km/h e pousou na Cratera Gale, ao sul do equador, após uma complexa manobra que se chamou de "sete minutos de terror'. Isso, porque a atmosfera marciana é bem menos densa que a da Terra, o que torna mais difícil frear uma nave lá do que aqui.
"Estou inteiro e a salvo na superfície de Marte", diz uma mensagem no blog da Nasa, que deu lugar a uma comemoração de pelo menos 10 minutos, com aplausos e abraços, entre funcionários na sala de controle do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), em Pasadena, na Califórnia.
"Estou inteiro e a salvo na superfície de Marte", diz uma mensagem no blog da Nasa, que deu lugar a uma comemoração de pelo menos 10 minutos, com aplausos e abraços, entre funcionários na sala de controle do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), em Pasadena, na Califórnia.
Controladores da missão espacial festejam o pouso do Curiosity em Marte. (Foto: Reprodução / Nasa) |
Como havia sido planejado, a cápsula abriu um gigantesco paraquedas para frear a queda. A cerca de 20 metros do solo, um sistema baixou o Curiosity, que abriu suas seis rodas e iniciou a aventura em Marte.
O robô está equipado com ferramentas que podem, entre outras coisas, perfurar rochas e coletar amostras de materiais do solo para analisar a composição mineral local.
A poucas horas de o jipe tocar a superfície do planeta vermelho, ainda no domingo (5), o site da Nasa informou que o robô estava com "boa saúde".
O robô está equipado com ferramentas que podem, entre outras coisas, perfurar rochas e coletar amostras de materiais do solo para analisar a composição mineral local.
A poucas horas de o jipe tocar a superfície do planeta vermelho, ainda no domingo (5), o site da Nasa informou que o robô estava com "boa saúde".
Lançado em 26 de novembro de 2011, o Curiosity vinha provocando "fortes emoções" no JPL, segundo descreveu o texto no site da agência. "O entusiasmo vai crescendo enquanto a equipe está diligentemente monitorando a nave (que transporta o robô)", afirmou comunicado oficial o chefe do laboratório, Brian Portock
Na época do lançamento do jipe, o G1 preparou o vídeo que você vê ao lado, detalhando todo o processo de pouso.
O veículo deve executar a primeira fase de sua missão em 1 ano, 10 meses e 2 semanas, mas a expectativa é de que continue suas pesquisas por cerca de uma década. Geradores de plutônio têm capacidade de fornecer calor e eletricidade à missão por pelo menos 14 anos. É um sistema de geração de energia diferente do de outras missões que contaram com painéis para geração de energia solar.
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Os estudos do robô começarão em uma montanha localizada no interior da Cratera Gale. O Curiosity vai subir a montanha e estudar as pedras ali sedimentadas ao longo de bilhões de anos. Indícios da presença de água no passado de Marte foram detectados em estudos anteriores, feitos a partir de imagens do local.
Estratégias de descida
O Curiosity é maior e mais pesado que os jipes que a Nasa já mandou para Marte, razão pela qual exige uma nova estratégia de descida. Não bastaria usar apenas paraquedas e retrofoguetes: desta vez, foi criado um novo mecanismo – um guindaste em que o robô desce, pendurado na nave Mars Science Laboratory, até tocar o solo.
"Sabemos que parece maluco", afirmou Adam Steltzner, do Laboratório de Propulsão de Jatos da Nasa (JPL, na sigla em inglês), líder da equipe que projetou o Curiosity. "Mas é, na verdade, o resultado de decisões cautelosas", completou.
Se qualquer parte do plano desse errado, o Curiosity se esborracharia no chão e a missão terminaria imediatamente. A Nasa só soube se o pouso foi ou não um sucesso 14 minutos após o ocorrido, porque esse é o tempo que o sinal levou para chegar à Terra.Na época do lançamento do jipe, o G1 preparou o vídeo que você vê ao lado, detalhando todo o processo de pouso.
O veículo deve executar a primeira fase de sua missão em 1 ano, 10 meses e 2 semanas, mas a expectativa é de que continue suas pesquisas por cerca de uma década. Geradores de plutônio têm capacidade de fornecer calor e eletricidade à missão por pelo menos 14 anos. É um sistema de geração de energia diferente do de outras missões que contaram com painéis para geração de energia solar.
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Os estudos do robô começarão em uma montanha localizada no interior da Cratera Gale. O Curiosity vai subir a montanha e estudar as pedras ali sedimentadas ao longo de bilhões de anos. Indícios da presença de água no passado de Marte foram detectados em estudos anteriores, feitos a partir de imagens do local.
Estratégias de descida
O Curiosity é maior e mais pesado que os jipes que a Nasa já mandou para Marte, razão pela qual exige uma nova estratégia de descida. Não bastaria usar apenas paraquedas e retrofoguetes: desta vez, foi criado um novo mecanismo – um guindaste em que o robô desce, pendurado na nave Mars Science Laboratory, até tocar o solo.
"Sabemos que parece maluco", afirmou Adam Steltzner, do Laboratório de Propulsão de Jatos da Nasa (JPL, na sigla em inglês), líder da equipe que projetou o Curiosity. "Mas é, na verdade, o resultado de decisões cautelosas", completou.
O sinal, aliás, não veio direto do veículo para a Terra. Ele foi rebatido pela sonda Odissey, que orbita o planeta vermelho desde 2001. Da perspectiva do Curiosity, a Terra está abaixo do horizonte, e a manobra foi a maneira que a Nasa encontrou para fazer o sinal chegar o mais rápido possível.
O local de pouso foi escolhido de acordo com o objetivo da missão. A Cratera Gale oferece um alvo seguro para a aterrissagem, com uma área de cerca de 140 km² – maior que o município de Niterói (RJ). Dali, o veículo está relativamente próximo ao Monte Sharp, onde sondas na órbita já visualizaram minerais que podem ter sido formados na água.
Curiosity e seus antecessores
Do tamanho de um carro, o novo robô é cinco vezes mais pesado que os jipes Spirit e Opportunity, precursores na exploração de Marte. Mesmo sem tripulação, ele chega a ser maior até que o jipe lunar que carregava dois astronautas por vez nas missões americanas Apollo, que exploraram a Lua nas décadas de 1960 e 1970.
O Curiosity é tão grande porque traz dentro de si um laboratório inteiro. Os instrumentos científicos incluem uma carga 15 vezes maior do que a levada por seus antecessores.
A missão está programada para durar um ano marciano, mas isso não quer dizer muita coisa. Quando o Spirit e o Opportunity chegaram ao planeta, em 2004, tinham como missão apenas três meses de explorações. O Opportunity é usado até hoje, e o Spirit só foi inutilizado porque perdeu contato com a Terra, em 2010.
Os primeiros objetos feitos pelo homem a pousarem em solo marciano foram as sondas Viking 1 e 2, lançadas pela Nasa em 1975 – a chegada foi em 1976. Em 1997, o Mars Pathfinder levou os EUA de volta ao planeta vermelho e inaugurou a era dos jipes, seguida pelo Spirit, pelo Opportunity e, agora, pelo Curiosity. A União Soviética também tentou lançar veículos para lá, mas não obteve sucesso.
(*) Com informações da Nasa e das agências de notícias Efe, France Presse e Reuters
Gerente da missão no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, Pete Theisinger comemora o sucesso do pouso do Curiosity em frente à primeira imagem do robô tirada na superfície de Marte (Foto: Robyn Beck/AFP) |
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/08/curiosity-pousa-em-marte.html
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