13 de janeiro de 2012
Quando George Lucas instalou Luke Skywalker --protagonista do seu "Guerra nas Estrelas" -- em um planeta que orbitava dois sóis, esse tipo de mundo parecia confinado à ficção. Mais de 30 anos depois, cientistas já provaram que planetas assim são reais e, agora, propõem que eles sejam até comuns.
O telescópio espacial Kepler, da Nasa (agência espacial dos EUA), descobriu dois novos planetas que, como o ficcional Tatooine, orbitam duas estrelas. E eles nem ficam em uma galáxia muito distante.
Batizados de Kepler-34b e Kepler-35b, ambos estão bem aqui, na nossa Via Láctea, na constelação de Cisne.
Os dois são gigantes gasosos (mais ou menos do tamanho de Saturno).
O Kepler-34b orbita suas duas estrelas a cada 289 dias. As estrelas, por sua vez, orbitam uma a outra a cada 28 dias. Já o Kepler-35b orbita uma dupla de estrelas um pouco menor que o nosso Sol a cada 131 dias, elas orbitam uma a outra a cada 21 dias.
Em setembro de 2011, também usando o Kepler, astrônomos descobriram o primeiro planeta do tipo, batizado de Kepler-16b.
Embora o número total de planetas desse tipo conhecidos seja de apenas três, os cientistas já propõem que, dada as características de seus sistemas, eles podem ser muito comuns no Universo. Com milhares de outros existindo por aí.
Alguns, inclusive, na chamada zona habitável --região onde a temperatura permite a existência de água líquida. Os dois novos planetas, porém, são provavelmente quentes demais para isso.
Planetas que orbitam duas estrelas têm uma grande variação na quantidade de energia recebida, o que pode levar a grandes mudanças climáticas na superfície.
"Seria como circular por todas as quatro estações várias vezes por ano, o que provoca variações enormes de temperatura", explicou nesta quarta-feira William Welsh, da Universidade Estadual de San Diego, na apresentação da descoberta na reunião da Sociedade Astronômica Americana, no Texas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário