O planeta Mercúrio possivelmente tem muito em comum com a Terra, mas imagens captadas a curta distância e dados reunidos neste ano pela sonda Messenger da Nasa (agência espacial americana) mostram que segue sendo uma curiosidade entre os planetas do Sistema Solar.
Como a Terra, Mercúrio tem fluxos de lava, mas estas são correntes profundas que cobrem a região polar norte do pequeno planeta, sem vulcões visíveis como os da Terra.
A superfície de Mercúrio tem depressões, da mesma maneira que na Terra há colinas e vales, e ambos são planetas rochosos.
Contudo, as de Mercúrio foram chamadas de "buracos" para diferenciá-las das crateras de impacto e outras depressões no pequeno e quente planeta, o mais próximo do Sol.
Mercúrio tem um campo magnético, como Terra, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, mas a sua magnosfera é tão pequena --cerca de 1% do tamanho da Terra--, que oferece pouca proteção contra as partículas carregadas que formam o vento solar, expelido pelo Sol.
"Mercúrio não é um planeta descrito nos livros", disse nesta quinta-feira James Head 3º, da Universidade de Brown, por telefone.
"O planeta (...) teve uma vida longa e muito mais emocionante do que o esperado ou previsto", acrescentou.
As conclusões da sonda foram apresentadas em um pacote especial de artigos na revista "Science".
Astrônomos se perguntavam se havia vulcões na superfície de Mercúrio e os voos do Messenger confirmaram que sim, mas os seis meses de observação orbital mostraram que os fluxos de lava são diferentes dos da Terra.
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