sábado, 1 de outubro de 2011

SpaceX propõe foguete reutilizável para colonizar Marte

A companhia americana SpaceX trabalha no primeiro foguete reutilizável para lançá-lo ao espaço planejando, algum dia, ajudar na colonização do planeta Marte, disse o fundador, Elon Musk, na quinta-feira.
O veículo seria uma versão reutilizável do foguete Falcon 9 que a SpaceX empregou para levar a cápsula espacial Dragon à órbita da Terra no ano passado. A sua primeira viagem com carga à ISS (Estação Espacial Internacional) está prevista para janeiro.
A reutilização do foguete poupará dezenas de milhões de dólares e facilitará as viagens ao espaço por diversão e até a colonização de outros planetas, concretamente Marte, declarou Musk ao "National Press Club".
"Um sistema rápido e reutilizável é imprescindível para que a vida se torne multiplanetária, para se estabelecer vida em Marte. Se os aviões não fossem reutilizáveis, muito pouca gente poderia voar", disse.
Atualmente, um foguete Falcon custa entre US$ 50 milhões e US$ 60 milhões (entre R$ 94 milhões e R$ 112 milhões) e seu lançamento, incluindo combustível e oxigênio, exige até US$ 200 mil (em torno de R$ 376,3 mil). E tudo é perdido com a reentrada na atmosfera da Terra.
Com a reutilização dos foguetes, haverá uma substancial redução de custos, garantiu Musk, um empresário da internet que fundou o PayPal e utilizou o dinheiro ganho na Web para criar a companhia de carros elétricos Tesla Motors e a SpaceX.
O foguete projetado pela SpaceX decolaria da forma normal e teria dois estágios: a parte inferior, parecida com uma coluna, regressaria à Terra para pousar na vertical, exatamente como foi lançada.
A ideia pode ser vista em uma animação em um site.
A curto prazo, tal tecnologia poderá ser utilizada para lançar satélites e levar carga e tripulação à ISS, que atualmente é abastecida apenas pelos foguetes russos.
A construção do foguete reutilizável "é um esforço paralelo (...), que não tem impacto em nosso trabalho de envio de carga à estação espacial" com o foguete Falcon 9, destacou Musk.
"[É algo que] entusiasma bastante e acredito que os Estados Unidos e o restante do mundo devem ficar atentos sobre o que estamos fazendo", concluiu.

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