Uma proposta para melhorar as chances de sobrevivência nesses casos vem dos cientistas John Sinko, da Universidade St. John's, e Clifford Aschlecht, diretor do Instituto de Materiais, Energética e Complexidade, ambos dos Estados Unidos.
Eles sugerem o uso de feixes de laser para salvar o astronauta que se desconectar da ISS. Seria uma espécie de raio trator: uma luz que incide sobre uma pessoa, fazendo com que ela se mova em direção ao foco de energia.
O laser geraria um movimento quando disparado sobre compartimentos carregados de propelentes, presos ao abdome do astronauta.
Uma vez aquecido, esse combustível passaria para o estado gasoso e provocaria um jato que moveria o astronauta até um ponto onde o resgate pudesse ser feito. O processo todo poderia ser acionado por controle remoto: o viajante poderia ser socorrido mesmo inconsciente.
Mas como fica o astronauta alvo da operação de salvamento? "Acreditamos que há um risco mínimo [para ele]", afirma Sinko.
"O traje espacial fornece proteção necessária contra o feixe de laser. Mas um filtro teria de ser acrescentado ao visor do traje para evitar danos aos olhos."
cabo de segurança
O acessório de segurança mais simples usado nos trajes espaciais hoje consiste de dois cabos de aço presos na lateral do corpo.
Ao se mover em atividades fora da ISS, o astronauta só pode mudar de posição depois de prender um dos cabos a um apoio fixo no módulo. Se os dois arrebentam, outro acessório de segurança entra em ação. Trata-se do Safer, um equipamento movido a nitrogênio que se desloca por curtas distâncias e fica nas costas do traje espacial.
O aparelho estabiliza o astronauta, fazendo ele parar de rodar. Outro comando vira a pessoa em direção à ISS e um jatinho a leva até lá.
Falando assim, parece fácil. O astronauta brasileiro Marcos Pontes, qualificado pela Nasa para atuar em missões externas na ISS, diz que é difícil manejar os comandos, parecidos com um joystick, com a enorme luva do traje. Mas o desafio é a mira.
"Você pode passar do lado da ISS, que está a uma velocidade média de 27 mil km/h, e não 'pegar' a estação. Aí não tem retorno."
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