Os cientistas observaram uma pequena mancha em 5 de dezembro de 2010. À medida que o tempo passa, ela aumenta de tamanho até se transformar na gigantesca tempestade que, no fim de janeiro deste ano, dá a volta em todo o planeta.
Trata-se da maior tempestade detectada nas últimas duas décadas em Saturno e já observada de uma sonda interplanetária.
No mesmo dia em que as câmeras de alta resolução da Cassini capturaram as primeiras imagens da tempestade, o rádio da sonda e o instrumento de ondas de plasma detectaram a atividade elétrica da tempestade.
A Cassini confirmou que a fase ativa da tempestade terminou no final de junho, mas suas nuvens turbulentas permanecem na atmosfera atual.
"A tempestade de Saturno se parecia mais com um vulcão que com um sistema climático terrestre", declarou Andrew Ingersoll, membro da equipe de imagens da Cassini no Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena.
"A pressão se acumula durante muitos anos antes da tempestade explodir. O mistério é que não há rochas para resistir à pressão e atrasar a erupção durante tantos anos", explicou Ingersoll em comunicado divulgado pela Nasa.
A Cassini foi lançada ao espaço em outubro de 1997, junto com a sonda Huygens da ESA (Agência Espacial Europeia).
A nave chegou às imediações de Saturno em 2004 para iniciar o estudo de Titã, a maior lua do planeta.
Desde então os 12 instrumentos de Cassini estiveram transmitindo informação do sistema de Saturno durante quase seis anos, ainda que a missão deveria ter terminado no final de 2008.
Em 2010, a Nasa decidiu prolongar a missão da Cassini até 2017, o que permitirá aos cientistas estudar as mudanças climáticas no planeta e em suas luas.
Foto da Nasa mostra sinais da tempestade ao norte de Saturno, que se expandiu e circulou o planeta |
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