sábado, 30 de abril de 2011

Nasa cancela lançamento do Endeavour devido a falha técnica

A Nasa (agência espacial americana) cancelou o lançamento do ônibus espacial Endeavour que estava programado para às 16h47 desta sexta-feira.
O adiamento foi provocado por um aquecimento de uma das unidades de energia da nave, desapontando a multidão que acompanharia a partida.
A família do presidente Barack Obama, que também estaria presente, não havia chegado a Flórida antes do cancelamento.
Nova tentativa de lançamento da Endeavour deve ser na próxima segunda-feira; data ainda não está confirmada
Nova tentativa de lançamento da Endeavour ser na próxima segunda-feira; data ainda não está confirmada

O comentarista do lançamento, George Diller, disse que a nova tentativa será provavelmente na próxima segunda-feira. A Nasa disse que o adiamento será de 72 horas.
"Eles [a Nasa] estão tentando avaliar tudo o que será necessário fazer (...) Não sabemos ainda o que deu errado ou por que essas falhas de aquecimento ocorreram", afirmou.
O comandante da missão, o astronauta Mark Kelly, e sua equipe já estavam se encaminhando à plataforma de lançamento quando o cancelamento foi anunciado.
Ao meio-dia de hoje, a Nasa havia informado que dois dos aquecedores de uma unidade auxiliar de energia apresentavam falhas.
Os engenheiros não puderam encontrar o problema e se sentiram inseguros em dar prosseguimento aos preparativos para o lançamento das 16h47 no centro espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, na Flórida (USA).

Lançamento do Endeavour deve reunir 70 mil nos EUA

Desde o início da manhã, milhares de americanos se posicionavam para ver de longe o voo do Endeavour, que será aposentado após 19 anos de atividade. A estimativa é de que pelo menos 70 mil pessoas se desloquem para ver o lançamento nesta sexta-feira.
Depois de uma tempestade que ocorreu na madrugada, a previsão indica que o tempo será bom, mas os controladores de voo ainda se preocupam com as nuvens e os ventos.
Barack Obama é o primeiro presidente americano a acompanhar o lançamento de uma espaçonave da Nasa (agência espacial americana).
Ele estará acompanhado da esposa Michelle e as duas filhas, que verão a partida do Endeavour do centro espacial Kennedy (Flórida), marcado para às 16h47 (horário de Brasília).
Controladores de voo se preocupam com nuvens e ventos depois da tempestade que ocorreu nesta madrugada
Controladores de voo se preocupam com nuvens e ventos depois da tempestade que ocorreu nesta madrugada
No centro espacial Kennedy, foram convidados membros do Congresso, antigos administradores da Nasa e funcionários de alto escalão.
Um grupo de 150 tuiteiros também vai narrar a partida em suas redes sociais, entre elas a brasileira Claudia Saleh, que vive no estado da Virgínia.
O Endeavour parte para uma missão com duração de 14 dias, levando a bordo um detector da matéria escura cuja construção custou US$ 2 bilhões.

Internautas podem jogar xadrez com astronautas da ISS

Os astronautas Greg Chamitoff e Greg Johnson, que viajam nesta sexta-feira rumo à ISS (Estação Espacial Internacional), desafiaram os terráqueos a jogar uma partida de xadrez durante os 14 dias que dura sua missão.
Esta será a segunda partida cósmica da história. A primeira foi organizada em 2008 pela Nasa (agência espacial americana) e a USCF (sigla em inglês da Federação de Xadrez dos Estados Unidos), quando Chamitoff, a bordo da ISS, competiu com os jogadores da Terra.
O público saiu vencedor graças à ajuda dos campeões de xadrez da Escola Primária Stevenson, em Bellevue (Washington), mas Chamitoff não se deu por vencido e quer a revanche.
ON-LINE
A partida será interativa e o público pode sugerir ou votar em uma jogada de xadrez antes de os membros da federação decidirem qual lance realizar.
A Nasa e a USCF utilizarão as redes sociais Twitter e Facebook para notificar aos participantes sobre a situação da partida e o momento para votar sobre os movimentos.
"O xadrez é um grande jogo que desafia a mente e ajuda os jovens a desenvolverem habilidades de pensamento crítico que serão úteis em matemática, ciências e todos os aspectos de suas futuras carreiras", disse Chamitoff.
Ele e Johnson jogarão xadrez a quase 400 quilômetros de distância da Terra. O jogo será retransmitido pelo site da USCF.
Chamitoff, que realizará duas caminhadas espaciais durante a missão do Endeavour, é fã de xadrez. Durante os seis meses que passou no laboratório espacial em 2008, levou junto seu tabuleiro.
O lançamento do Endeavour está previsto para esta sexta-feira, às 16h47 (horário de Brasília), da base de Cabo Canaveral (Flórida), no centro espacial Kennedy. Será a última viagem deste ônibus espacial, após 19 anos a serviço da Nasa.

Congressistas americanos propõem retorno à Lua até 2022

Um grupo de congressistas que reivindica a liderança dos Estados Unidos no espaço apresentou projeto de lei para que o homem volte à Lua até 2022. O objetivo da missão seria promover a prospecção, o comércio e a ciência e desenvolver ali uma presença humana.
O congressista republicano Bill Posey submeteu à tramitação parlamentar o projeto de lei H.R. 1641, "Reafirmando a liderança americana no espaço", que está disponível para consulta pública no site do Congresso.
Os legisladores consideram esta proposta como uma maneira de promover o comércio e a ciência, bem como um trampolim para a prospecção de Marte e outros planetas.
Os copatrocinadores do projeto de lei foram os congressistas republicanos Rob Bishop, Pete Olson e Frank Wolf (presidente da subcomissão de verbas de Comércio, Justiça e Ciência) e a democrata Sheila Jackson-Lee. Todos eles representam estados com interesses econômicos na indústria espacial.
O presidente americano, Barack Obama, decidiu acabar em 2009 com o programa Constellation, o plano da Nasa de voltar à Lua, depois que a comissão independente Augustine advertiu que seriam necessários gastos extras de US$ 55 bilhões.
O programa Constellation foi anunciado em 2004 pelo então presidente George W. Bush, cujo objetivo era iniciar os preparativos para o retorno da Lua em 2020, quando o satélite natural da Terra deveria, segundo os planos iniciais, ser utilizada como plataforma para missões a Marte.
No entanto, os planos de Bush para sua visão do que deveria ser a prospecção espacial das próximas décadas não estabeleceram um orçamento definido, segundo a comissão Augustine

Autoridades e especialistas discutem Rio+20 no Itamaraty

Os ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, promovem no Palácio Itamaraty, no Rio, uma mesa-redonda com 37 autoridades e especialistas para discutir os temas da conferência Rio+20 sobre desenvolvimento sustentável, que acontece no ano que vem.
No discurso inaugural do encontro, Patriota afirmou que "há uma expectativa elevadíssima da comunidade internacional em relação à conferência, e o Brasil está particularmente bem posicionado para sediá-la".
A Rio+20 acontece 20 anos depois da Rio-92, que reuniu chefes de governo de todo o mundo para discutir o desenvolvimento sustentável. Entre os participantes da mesa-redonda desta manhã, está o senador Fernando Collor (PTB-AL), que era o presidente da República na época da Rio-92.
Também estão presentes, entre outros, Achim Steiner, diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma); o secretário estadual do Meio Ambiente, Carlos Minc; os senadores Jorge Viana (PT-AC) e Cristovam Buarque (PDT-DF); e os deputados federais Alfredo Sirkis (PV-RJ) e Sarney Filho (PV-MA).
Steiner disse que o Brasil não deve ser apenas um anfitrião para a Rio+20, mas assumir uma posição de liderança escorada na sua importância para o meio ambiente e para a economia mundial.
"Há um grande ceticismo sobre organismos multilaterais. Um dos maiores riscos é subestimar as expectativas sobre os resultados dessa conferência. O primeiro desafio do Brasil é ajudar a formar uma visão que seja ao mesmo tempo pragmática e ambiciosa", afirmou o dirigente das Nações Unidas.
Steiner defendeu que o Brasil busque meios de ampliar a participação do setor privado e da sociedade civil no Rio+20.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

PARA QUEM QUER SABER:Terremotos alteram eixo da Terra, mas não mudam clima

Pesquisadores do JPL (Laboratório de Propulsão a Jato), da agência espacial americana Nasa, calculam que o terremoto recente no Japão deslocou o eixo rotacional da Terra em mais de 16,5 centímetros, alterando levemente a distribuição de massa no planeta.
Mas, segundo Allegra N. LeGrande, do Centro de Pesquisa de Sistemas Climáticas da Universidade Columbia, "alterações naturais na massa da Terra na atmosfera e oceanos também causam mudanças de aproximadamente 99 centímetros no eixo rotacional todo ano", diz.
"Trocando em miúdos, as mudanças ligadas a terremotos são muito menores do que as alterações imperceptíveis que acabam ocorrendo todos os anos", diz.
De acordo com LeGrande, são as alterações maiores no eixo que provocam mudanças climáticas.
A mudança cíclica na inclinação do eixo associada a deslocamentos astronômicos, chamadas de obliquidade, tem um ciclo bastante longo, cerca de 41 mil anos, e mudam a inclinação de cerca de 22,1 graus para 24,5 graus. No presente momento, ela está ao redor de 23,4 graus.
Em latitudes mais altas, uma obliquidade maior significa maior irradiação anual total. Nas latitudes baixas, o oposto é válido e, nas médias, praticamente inexiste mudança.
Segundo LeGrande, quando a obliquidade é elevada, as diferenças entre o equador e os polos na irradiação total e, também, na temperatura, é mais ampla, resultando em estações do ano mais extremas.
"Só que as alterações que acontecem todo ano com a obliquidade são tão minúsculas que não percebemos", explica.

Novo medidor espacial vai buscar matéria escura do Universo

Um equipamento que será transportado pelo ônibus espacial Endeavor na sexta-feira foi projetado para fornecer aos cientistas o primeiro estudo de medição detalhado sobre as partículas com cargas elétricas que correm pelo Cosmos.
O AMS (sigla em inglês para Espectrômetro Magnético Alfa) poderá reformular a compreensão moderna sobre o Universo, de forma muito parecida como o telescópio espacial Hubble desbravou novas fronteiras da astronomia, sendo responsável pela surpreendente descoberta de que a taxa de expansão do Universo está acelerando.
"Os raios cósmicos com carga são uma área da ciência praticamente inexplorada", disse o físico Samuel Ting, do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts).
Laureado com um Nobel, ele lidera a equipe de 600 pessoas que desenvolveram o AMS ao custo de US$ 2 bilhões.
As imagens proporcionadas pelo AMS, montado no centro de pesquisa Cern, perto de Genebra, poderão elucidar a chamada matéria escura do universo --a matéria que até agora não foi encontrada, mas é necessária para explicar o que é observável.
Estrelas, planetas, gás, poeira e outros fenômenos detectáveis são responsáveis por menos de 10% da matéria que se acredita existir. Sem a matéria escura ou algum outro fenômeno, as galáxias seriam incapazes de se manterem como são.
Embora por definição, a matéria escura não possa ser detectada diretamente, estudos mostram que a colisão de partículas escuras deve deixar pegadas reveladoras na forma de pósitrons, um tipo de partícula da matéria normal.

Nasa divulga imagem da Lua tirada por fotógrafo amador

O engenheiro aposentado e fotógrafo amador Ralph H. Bernstein é o autor da foto divulgada nesta quinta-feira pela Nasa, que mostra o satélite natural da Terra, a Lua, durante a fase quarto minguante.
Bernstein, que trabalhou na companhia telefônica AT&T e mora no condado de Monmouth, em Nova Jersey (EUA), produziu a imagem no último dia 14.
O quarto minguante é uma das fases lunares e ocorre quando a área iluminada é maior do que a metade do objeto.
Na foto, a parte iluminada é equivalente a 80% do tamanho da Lua.
Foto da Lua tirada por engenheiro aposentado; área iluminada correspondente a 80% do satélite
Foto da Lua tirada por engenheiro aposentado; área iluminada correspondente a 80% do satélite

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Espaçonaves estão prestes a aposentar; reveja fatos marcantes

A Nasa (agência espacial americana) está prestes a encerrar seu programa de ônibus espacial.
Depois do lançamento do Endeavour, que ocorrerá nesta sexta-feira, será a vez do Atlantis partir em 28 de junho, oficializando o término dos voos tripulados coletivos para a ISS (Estação Espacial Internacional). Leia abaixo uma cronologia dos principais acontecimentos:
12 de abril de 1981 - O voo da Columbia inaugura o programa espacial.
US$ 174 bilhões - É a quantia gasta pelos Estados Unidos desde que o programa foi criado.
28 de janeiro de 1986 - O Challenger explode 73 segundos depois de seu lançamento. O acidente causa comoção pela morte de todos os sete astronautas que estavam a bordo.
29 de setembro de 1988 - Por causa do Challenger, a Nasa redesenha os propulsores das naves, adicionando sistemas extras de segurança. O Endeavour é construído para ocupar o lugar do Challenger.
Carga - Os ônibus espaciais servem para transportar satélites, sondas planetárias e outros instrumentos científicos que serão colocados em órbita.
Base espacial - O plano prévio era usar uma estação americana como base espacial, mas o primeiro posto avançado pertencia à Rússia. Os voos iniciais para a estação Mir, entre 1994 1998, levaram à colaboração coletiva entre países que resultou na construção da ISS pelo valor de US$ 1 bilhão.
Laboratório ambulante - Os ônibus espaciais também foram usados como laboratórios orbitais, o que favoreceu a realização de experimentos científicos no interior das naves.
Mais mortes - Outro desastre envolvendo um ônibus espacial ocorreu em 1º de fevereiro de 2003. A Columbia desintegrou durante a reentrada na Terra, o que levou à decisão de aposentar as naves com a construção da ISS.
Ônibus espacial Endeavour aterrissa na Flórida em fevereiro de 2010; última viagem será nesta sexta-feira
Ônibus espacial Endeavour aterrissa na Flórida em fevereiro de 2010; última viagem será nesta sexta-feira

Futuro - Os voos de carga para o espaço passarão a ser feitos por operadores comerciais, e empresas privadas sonham levar pessoas comuns ao espaço em até cinco anos. Até lá, a Rússia se encarregará de levar os astronautas para a ISS, pelo preço de US$ 51 milhão (aproximadamente R$ 90 milhões) por cabeça. Esse valor será de US$ 63 milhões em 2014 (R$ 100 milhões).
Último - O 135º voo do Atlantis encerra o programa espacial em 28 de junho deste ano. A nave vai transportar equipamentos para um ano de operação da ISS. A medida é de precaução, caso ocorram problemas com o envio de veículos de abastecimento.
Prospecção - A Nasa estuda o envio de astronautas a asteroides e outros destinos no Sistema Solar.

Agência espacial europeia fotografa galáxia Andrômeda

ESA (Agência Espacial Europeia) divulgou nesta quarta-feira a foto da galáxia Andrômeda, também conhecida como M31.
Ela é uma combinação de várias imagens que são feitas por diferentes telescópios espacias, como o Planck e o XMM-Newton.
Com esse cruzamento de imagens, os astrônomos conseguem estudar os vários estágios de uma estrela porque cada um dos telescópios registra uma nuance da galáxia que geralmente não é visível por olhos humanos.
O XMM-Newton acompanha, por meio de raios-X e ultravioletas, as estrelas que estão se formando ou se encontram quase extintas na Andrômeda desde 2002.
Foto da galáxia Andrômeda é uma combinação de imagens tiradas por diferentes telescópios espaciais
Foto da galáxia Andrômeda é uma combinação de imagens tiradas por diferentes telescópios espaciais

Nasa celebra momentos históricos da prospecção espacial

A Nasa, agência espacial americana, inaugurou na terça-feira um simpósio com o qual celebra os grandes momentos da prospecção espacial, como o primeiro voo espacial tripulado que o cosmonauta soviético Yuri Gagarin realizou 50 anos atrás e o início da era dos ônibus espaciais há três décadas.
O encontro foi aberto pelo professor da Universidade de Hartford (Connecticut), Michael Robinson, ganhador do prêmio do Fórum de História da Ciência em 2008 por seu livro "The Coldest Crucible: Arctic Exploration and American Culture" ("O Mais Frio Cadinho: Exploração do Ártico e Cultura Americana", em tradução livre).
Robinson destacou o papel da Nasa ao longo da história como "ponto de apoio" nas pesquisas e herdeira do legado dos expedicionários dos Estados Unidos.
No entanto, a agência espacial também encontrou dificuldades no caminho para manter o equilíbrio e "algumas das missões do futuro surgiram de uma análise incompleta de outras do passado", assinalou Robinson, autor do blog científico "Time to Eat the Dog".
Ele ressaltou também a importância dos erros e das missões incompletas para se conseguir melhoras. "As primeiras expedições não são só ornamentos na história, mas evidências que provam um argumento específico: que as missões humanas no espaço merecem ser financiadas porque são parte de nossa personalidade", destacou.
O ex-diretor da Nasa Steve Dick contou como a era dos ônibus espaciais --iniciada em 1981 pelo Columbia--, abriu-se uma nova etapa tecnológica que permitiu ao homem voltar a ter como objetivo maior "a prospecção do desconhecido".
"Explorar o Universo além da órbita terrestre continua sendo uma nova fronteira 50 anos depois da era espacial", assinalou Dick, que considerou que, em breve, será possível ver humanos e robôs trabalhando juntos no espaço.
De fato, a primeira tentativa já esta em andamento. O ônibus espacial Discovery levou à Estação Espacial Internacional (ISS) o androide Robonaut (R2), que ajudará os astronautas nas tarefas do dia a dia do laboratório espacial.
Para Dick, obter um programa equitativo de missões espaciais que combinem prospecção humana e robótica, descobertas e ciência, com recursos limitados e no meio dos turbulentos eventos na Terra são os desafios que enfrenta agora a Nasa.
PASSADO
O professor Alexander Geppet, da Universidade Freie de Berlim, fez uma análise do conceito de era espacial desde os anos 40, quando se desenvolveu a tecnologia que permitiria lançar os primeiros satélites na década seguinte, passando pela corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética, até a prospecção e a tecnologia atuais.
Já o professor James Spiller, do College at Brockport, da Universidade de Nova York, lembrou a ascensão em 1961 e a posterior queda dos Estados Unidos na corrida espacial e o recrudescimento do país em 1981, com o início da era dos ônibus espaciais.
Segundo ele, após o envio do soviético Gagarin ao espaço, os EUA tiveram uma sucessão de êxitos, como a chegada do homem à Lua em 1969, mas a "fronteira do espaço" perderia interesse nos anos 70.

Estados Unidos cancelam programa de escuta extraterrestre

O programa americano de escuta para captar eventuais emissões de civilizações extraterrestres foi cancelado no dia 15 de abril passado por falta de verba, após os cortes no orçamento federal.
O corte na verba para o SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence), fundado em 1984, obrigou esta organização sem fins lucrativos e instalada na Califórnia a paralisar seus 42 radiotelescópios, conhecidos por "Allen Telescope Array" (ATA), no último dia 15.
O complexo está situado em Hat Creek, no nordeste da Califórnia, 500 km ao norte de San Francisco.
O sistema "ATA está em hibernação devido à falta de verbas para seu funcionamento", informou o diretor do SETI, Tom Pierson, no site da instituição.
"A hibernação significa que (...) os equipamentos não estão mais disponíveis para as observações de rotina, mas sua manutenção será garantida por equipes fortemente reduzidas".

terça-feira, 26 de abril de 2011

Tecnologia espacial pode indicar melhorias em saúde e nutrição

A Nasa (agência espacial) e a Usaid (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) assinaram um acordo na segunda-feira para ampliar a aliança bilateral e ajudar os países em desenvolvimento a enfrentar desafios como segurança alimentar, fontes de energia e mudança climática.
O memorando, que terá cinco anos de duração, formaliza a colaboração em curso para utilizar os dados fornecidos pela Nasa, com o objetivo de minimizar os riscos de catástrofes naturais e facilitar a resposta humanitária nos países em desenvolvimento.
O acordo também prevê a aplicação conjunta de tecnologias geoespaciais para resolver os problemas que dificultam o desenvolvimento desses países.
"As tecnologias utilizadas nas missões da Nasa melhoraram muito a vida na Terra", afirma em comunicado o diretor da agência espacial, Charles Bolden.
"Quando exploramos o espaço, também exploramos soluções para os problemas de saúde, nutrição e segurança, que são desafios nos países em desenvolvimento", assinala a nota.
"Junto com a Usaid, conseguiremos um desenvolvimento mais sustentável para os problemas aqui na Terra, resolvendo problemas para toda a comunidade internacional", acrescenta.
Já segundo o diretor da Usaid, Rajiv Shah, o uso de dados sobre as ciências da Terra e as novas tecnologias serão um avanço para a agência de desenvolvimento.
"Mediante nossa associação com a Nasa, podemos aplicar a última tecnologia para oferecer dados importantes às populações dos países em desenvolvimento em áreas como saúde, segurança alimentar e água", destacou.
Desde 2003, a Nasa e a Usaid trabalham conjuntamente por meio do programa Servir, que permite aos países em desenvolvimento utilizar os dados que a Nasa obtém da Terra para enfrentar problemas agrícolas, melhorar a resposta a desastres naturais e as previsões climáticas.

Nasa convoca 150 tuiteiros para ver voo do Endeavour

A agência espacial americana, a Nasa, convidou 150 tuiteiros, entre eles a brasileira Claudia Saleh que vive no estado americano da Virgínia, para que contem os bastidores de lançamento do Endeavour nesta sexta-feira, às 6h47 (horário de Brasília).
O grupo que estará no centro espacial Kennedy (Flórida), de onde parte a nave, foi escolhido aleatoriamente entre as 4.100 pessoas que se registraram on-line para participar da empreitada.
Além do Brasil, há escolhidos dos 43 estados americanos, mais o Distrito de Columbia, Austrália, Canadá, Alemanha, Nova Zelândia, Porto Rico, Suíça, Venezuela e Reino Unido.
Com a iniciativa, a Nasa espera disseminar informações sobre o último voo do Endeavour para 3,7 milhões de internautas, que será aposentado e encaminhado ao Centro de Ciências da Califórnia, em Los Angeles, para ficar exposto.
A partida terá a presença do presidente Barack Obama e sua família, congressistas e cerca de 4.000 convidados da Nasa.

Cientistas testam missão tripulada para Marte no sul da Espanha

Uma região inóspita ao sul da Espanha está servindo de área de testes para uma eventual missão a Marte por causa de suas semelhanças com a superfície do planeta vermelho.
''Isso aqui é Marte na Europa'', diz o pesquisador Gernot Groemer, da Universidade de Innsbruck, da Áustria, e do Fórum Espacial Austríaco, se referindo ao cenário totalmente vermelho, exceto por algumas paisagens verdes.
Cientistas testam missão tripulada para Marte na região de Rio Tinto, ao sul da Espanha
Cientistas testam missão tripulada para Marte na região de Rio Tinto, ao sul da Espanha


Rio Tinto, no sul da Espanha, é uma antiga área de mineração que com sua formação geológica e química é surpreendentemente similar a Marte.
Groemer explica: "Nós temos um mineral aqui chamado jarosita, que é exatamente idêntico ao que existe em Marte."
Isso faz do local um cenário ideal para se testar a tecnologia que poderá um dia ser utilizada em Marte.
Um dos artefatos que está sendo testado é um simulador de roupa espacial chamado Aouda.X.
A roupa espacial faz uso de sistemas de apoio e se vale de computadores de última geração especialmente concebidos para proteger os astronautas das condições hostis de Marte.
Temperaturas baixíssimas, um ambiente nocivo e um constante bombardeio de radiação são apenas alguns dos problemas às quais um ser humano estaria sujeito em Marte.
AMOSTRAS
Em Rio Tinto, a equipe está investigando se seria possível, em uma futura missão a Marte, coletar amostras sem contaminá-las de alguma forma.
''Este é um grande tema na astrobiologia. Quando nós procuramos traços de vida extinta ou de vida ainda existente em Marte, se nós encontrarmos algo, precisamos realmente nos assegurar de que essa substância é nativa e que ela não veio de 'carona' da Terra'', afirma Groemer.
Além dos potenciais astronautas, estão sendo testados também veículos ao longo do terreno rochoso vermelho, entres eles um protótipo chamado Eurobot.
O chefe do escritório de robótica da ESA (Agência Espacial Europeia), Phillippe Schoonejans, conta que o modelo é um robô com dois braços e dotado de visão. Ao mesmo tempo, possui características humanas, sendo capaz de realizar tarefas difíceis, perigosas ou chatas de serem feitas por astronautas.
FUTURO
A possibilidade de realizar uma missão tripulada a Marte ainda é cercada de dúvidas e ceticismo. Ainda que algumas agências espaciais tenham expressado interesse em realizar expedições com humanos, ainda não há planos definitivos.
Cientistas dizem que é preciso começar a planejar ir a Marte desde já.
O um cientista da ESA Scott Hovland afirma acreditar que seremos capazes de realizar a façanha pois há tecnologia disponível.
"Mas ainda há a necessidade de desenvolver novas tecnologias. Precisamos de melhores métodos para levar as pessoas para lá, com sistemas de propulsão mais poderosos, para encurtar a duração da viagem. Mas estou certo de que, ainda durante nosso tempo de vida, haverá uma boa chance de ver algo assim acontecer'', diz Hovland.
Groemer afirma que é impossível prever como vai ser a tecnologia daqui a 20 ou 30 anos. ''Seja lá como forem os microchips, seja qual for a camada de proteção da roupa roupa espacial, estou certo de que (...) grandes idéias e procedimentos podem ser definidos agora, e é isso que estamos fazendo neste lindo lugar. Isto é um ensaio para a maior jornada já feita por nossa civiliação."

Rio Tinto possui mineral chamado jarosita que é idêntico ao que existe em Marte
Rio Tinto possui mineral chamado jarosita que é idêntico ao que existe em Marte

China prevê construção de estação espacial até 2020

O programa espacial chinês prevê construir até 2020 uma estação espacial de 60 toneladas e três módulos, uma principal e duas nas quais serão realizadas experiências, informou nesta terça-feira o diário oficial "China Daily".
O módulo principal será o primeiro a ser posto em órbita, com 18,1 metros de comprimento, diâmetro máximo de 4,2 metros e peso de 20 a 22 toneladas, enquanto os outros terão 14,4 metros de comprimento e o mesmo peso e diâmetro que o primeiro.
O programa espacial também inclui a fabricação de uma nave de carga de cerca de 13 toneladas de peso para transportar provisões e material de laboratório.
Segundo os responsáveis do programa espacial, a população poderá sugerir nomes para a nave e a estação, assim como símbolos para adornar esta última.
Wang Wenbao, diretor do departamento encarregado do programa espacial, assinalou que a participação do público na escolha do nome "reforçará a sensação nacional de coesão e orgulho".
Segundo o porta-voz do programa, Wang Zhaoyao, o desenvolvimento da tecnologia necessária para garantir missões de pelo menos 20 dias no espaço e para o transporte de provisões é um dos objetivos principais para os próximos cinco anos, dentro do Plano Quinquenal 2011-2015 do gigante asiático.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Empresa diz que enviará o 1º homem a Marte dentro de 10 anos

O presidente das empresas Tesla Motors e SpaceX, Elon Musk, afirma que enviará o primeiro homem a Marte no prazo de dez anos, em sua melhor estimativa.
Na pior, o feito levaria um prazo maior, entre 15 e 20 anos --o presidente norte-americano, Barack Obama, espera a primeira nave tripulada orbite o planeta vermelho em meados de 2030.
Musk, que também é um dos cofundadores do sistema de pagamento PayPal, está desde 2002 à frente da SpaceX, que desenvolve espaçonaves e tem em seu currículo o lançamento com êxito de naves de transporte de carga.
A principal meta da empresa, porém, é enviar humanos e espaçonaves para outros planetas, cita ele em entrevista publicada no "Wall Street Journal".
Na semana passada, a Nasa (agência espacial dos EUA) anunciou um contrato do valor de US$ 75 milhões com a SpaceX, que serão destinados ao envio de astronautas ao espaço.

Voo do Endeavour pode ser eclipsado por casamento de príncipe

O casamento do príncipe William com Kate Middleton nesta sexta-feira pode eclipsar o lançamento do ônibus espacial Endeavour marcado no mesmo dia.
A última viagem da nave, com decolagem às 16h47 (horário de Brasília), terá a presença do presidente Barack Obama e sua família, congressistas e cerca de 4.000 convidados da Nasa, a agência espacial americana.
O voo do Endeavour será lembrado por várias particularidades que devem ser lembradas no futuro, quando se falar das naves de voos coletivos.
Foto do Endeavour tirada em 19 de maio de 1996; o ônibus espacial parte para o espaço pela última vez na sexta
Foto do Endeavour tirada em 19 de maio de 1996; o ônibus espacial parte para o espaço pela última vez na sexta

A espaçonave é a penúltima a subir ao espaço antes de a Nasa encerrar o programa espacial --a outra é o Atlantis, que parte em 28 de junho. Finalizada a missão, ela se torna literalmente peça de museu e ficará exposta no Centro de Ciências da Califórnia, em Los Angeles.
Outros dados que farão parte da viagem histórica envolve o comandante, o astronauta Mark Kelly.
Ele teve sua participação na missão questionada depois que sua esposa, a congressista Gabrielle Giffords, foi atingida na cabeça por uma bala em um atentado nos Estados Unidos ocorrido neste ano.
Giffords, inclusive, deve ser liberada para ir a Flórida, onde está o centro espacial Kennedy, para acompanhar a contagem regressiva.
Para finalizar, o papa Bento 16 terá em 4 de maio uma conversa por satélite com os astronautas locados na ISS (Estação Espacial Internacional).

Buraco na camada de ozônio aumenta chuva no hemisfério sul

O buraco na camada de ozônio sobre a Antártida tem um papel importante na mudança climática e no aumento das chuvas no hemisfério sul nos últimos 50 anos, revelaram cientistas.
Os resultados obtidos pela equipe da Escola de Engenharia e Ciência Aplicada da Universidade de Columbia (EUA) são os primeiros que vinculam a redução da camada de ozônio sobre a zona polar à mudança climática até a linha do Equador.
Os pesquisadores destacaram que a conclusão serve de alerta aos líderes mundiais quando se analisa o combate ao aquecimento global. É preciso prestar mais atenção ao buraco na camada de ozônio, junto a outros fatores ambientais como o derretimento do gelo ártico e as emissões de gases do efeito estufa.
As substâncias que afetam a camada de ozônio, como os clorofluorocarbonetos (CFC), que eram utilizados até recentemente em geladeiras, aerossóis e extintores, passaram a ser eliminadas progressivamente de acordo com os dispositivos do Protocolo de Montreal.
"É surpreendente que o buraco na camada de ozônio, situado sobre a Antártida, possa gerar um impacto que chegue aos trópicos e ali afete as chuvas", diz a autora do estudo publicado na revista "Science", Sarah Kang. "É como um efeito dominó."
"Esta descoberta poderá revolucionar a estratégia da luta contra o aquecimento global (...) já que o buraco na camada de ozônio é um fator importante no sistema climático do planeta", estima Lorenzo Polvani, professor de ciências ambientais da Universidade Columbia que coordenou a pesquisa.

Telescópio Hubble comemora 21 anos com "rosa galática"

O telescópio espacial Hubble completa aniversário de 21 anos em 2011, e a Nasa (agência espacial americana) comemorou a data com a publicação de imagens de duas galáxias que interagem entre si e criam coloridas imagens que se assemelham a uma "rosa galática".
O maior das galáxias, que tem forma de espiral e é conhecida como UGC 1810, tem um disco que se distorce em forma de rosa, pela atração de sua companheira, conhecida como UGC 1813.
Para alcançar esse resultado, a Nasa realizou uma composição de imagens tomadas pela câmera de grande angular 3, em 17 de dezembro de 2010, com três filtros diferentes que permitem uma maior amplitude da onda coberta pelo ultravioleta, azul e vermelho do espectro.
A galáxia UGC 1810 tem um disco em forma de rosa devido à atração da galáxia UGC 1813
A galáxia UGC 1810 tem um disco em forma de rosa devido à atração da galáxia UGC 1813

Com o lançamento do telescópio em 24 de abril de 1990, a Nasa assegura que o Hubble revolucionou quase todos os âmbitos da pesquisa astronômica, da ciência planetária à cosmologia.
O Hubble proporcionou uma visão das estrelas que até esse momento não tinha sido possível devido à distorção atmosférica da Terra.
Entre suas conquistas está a captação das primeiras imagens da colisão de dois asteroides, estrelas rodeadas de pó cósmico que poderiam se transformar em sistemas planetários e galáxias à beira do Universo.
Os dados apresentados pelo telescópio espacial confirmaram também a teoria da relatividade de Albert Einstein e da expansão acelerada do Universo, que ajudaram a determinar a sua idade em cerca de 13,7 bilhões de anos.
O Hubble viaja em uma órbita concêntrica a 610 quilômetros da Terra e conta com dois tipos essenciais de instrumentos: as câmeras fotográficas e os espectrógrafos, que analisam a luz e a transformam em sinais elétricos.
O Telescópio Espacial Hubble é um projeto internacional com participação da Nasa e da ESA (Agência Espacial Europeia) e controlado do Centro de Voo Espacial Goddard da Nasa.

Papa conversa com astronautas da estação espacial em maio

O papa Bento 16 fará contato via satélite com os tripulantes da ISS (Estação Espacial Internacional) na data de 4 de maio, por ocasião da última missão da nave Endeavour, informou o jornal do Vaticano "L'Osservatore Romano".
A publicação noticiou que o contato será às 12h30 (horário de Brasília). Essa será a segunda vez na história das operações espaciais da Itália que a estação abrigará de forma simultânea dois astronautas do país: Roberto Vittori, que levará uma medalha de prata concedida pelo oontífice, e Paolo Nespoli.
O Endeavour partirá em 29 de abril, às 16h47 (horário de Brasília), do centro espacial Kennedy, na Flórida (EUA), para realizar sua última missão, que durará 14 dias e na qual levará à ISS o Espectrômetro Magnético Alfa-2 --ou AMS-2.
O AMS-02, um detector de partículas criado para estudar o Universo e buscar diferentes tipos de matéria incomum, operará como um módulo externo acoplado à ISS.
Após a missão do Endevour, cujo lançamento será acompanhado pela família do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a Nasa (agência espacial americana) concluirá seu programa de naves com o voo do Atlantis, programado para 28 de junho.
Depois dessa data, os voos tripulados à ISS serão realizados em naves espaciais russas.

Atmosfera de Marte teria sido mais densa e com água, diz estudo

Cientistas americanos descobriram que a atmosfera de Marte pode ter sido mais densa do que é hoje e com água em estado líquido, aponta um estudo recentemente publicado na revista "Science".
Os fragmentos de gelo seco (dióxido de carbono congelado) encontrados na região do polo sul de Marte provariam essa tese.
Os pesquisadores, liderados pelo professor Roger J. Phillips, analisaram as medições feitas pelo radar da nave de reconhecimento da Nasa (Mars Reconnaissance Orbiter) para calcular a profundidade e a densidade dos depósitos de gelo seco.
Pesquisas prévias tinham sugerido que o polo sul de Marte estava quase completamente formado por água e que o gelo seco só cobria a camada superior.
No entanto, as novas medições revelam que poderia haver grandes quantidades de dióxido de carbono atmosférico em pedaços de gelo seco.
Estas novas descobertas apontam para a evidência de que o polo sul abriga 30 vezes mais gelo seco do que se pensava anteriormente.
Os depósitos de gelo seco podem ser cruciais para ajudar os cientistas a entenderem a evolução da atmosfera de Marte.
Os autores do estudo revelam que, durante os períodos de alta inclinação polar, a maioria do dióxido de carbono congelado poderia ter derretido, sendo liberada para a atmosfera.
Quando o eixo de Marte se inclina, seus pólos recebem luz solar suficiente para descongelar qualquer gelo.
O dióxido de carbono liberado teria tornado a atmosfera mais densa, devido à formação de frequentes e intensas tempestades de pó, e permitido que a água líquida permanecesse sem ferver em mais regiões da superfície marciana, apontam os pesquisadores.
O Mars Reconnaissance Orbiter gira em torno do planeta vermelho como complemento do trabalho realizado pelos veículos Spirit e Opportunity.
Ele foi lançado em 12 de agosto de 2005 com o objetivo de estudar a distribuição de água e minerais em Marte, assim como suas características geológicas.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

CURIOSIDADE!!!

Você sabia?-A luz do sol quando refletida pela lua, demora 1,3 segundos para completar a distância que a separa da Terra.
-Em 1957 foi enviado ao espaço a cadelinha Laika, pela antiga União Soviética. Na nave, ela morreu por aumento na temperatura do seu corpo.
-A velocidade da luz é definida como 299 792 458 metros por segundo, o mesmo que 1 079 252 848,8km/h .
-A temperatura média na superfície do Sol é 5.500°C e no seu núcleo, 15.000.000°C .
-Existem 5 planetas-anões no Sistema Solar: Ceres, Plutão, Haumea, Makemake e Éris.


-A distância que separa a lua da terra corresponde, em média, a 384.000 km enquanto que 384 unidades dessas, completam a distância que separa a terra do sol .
-Titã é o único satélite natural no Sistema Solar que tem atmosfera própria.
-Estima-se que a nossa galáxia, a Via-Láctea, é composta por aproximadamente 200 bilhões de estrelas.
-Se morássemos em Netuno, nunca faríamos aniversário, pois um ano é o tempo que o um planeta leva para dar a volta ao Sol, e Netuno leva 165 anos terrestres para fazer essa trajetória.
-A constelação do Cruzeiro do Sul é formada por 54 estrelas; porém, somente 5 são visíveis a olho nú.
-Uma estrela anã é tão densa que ali um objeto do tamanho de um dado pesaria como um carro.
-Estima-se que a nossa galáxia, a Via-Láctea, é composta por aproximadamente 200 bilhões de estrelas.
-A estrela mais próxima de nós depois do Sol foi descoberta em 1915 pelo astrônomo Robert Innes é chamada Proxima Centauri, sendo que a sua luz demora 4,22 anos para chegar a Terra.
-Júpiter tem 63 satélites naturais.
-Um dos satélites naturais de Júpiter, conhecido como S/2003 J 12, tem em média 1km de diâmetro.
-Saturno é o planeta menos denso do Sistema Solar. Tanto que se existisse um oceano gigante, Saturno flutuaria nele.
-Netuno tem os ventos mais fortes de qualquer planeta no sistema solar, que podem atingir os 2100 Km/h.


Espero que gostem!!!

terça-feira, 19 de abril de 2011

Nasa seleciona empresas para desenvolver espaçonaves do futuro

A Nasa, agência espacial americana, anunciou acordos com quatro empresas que receberão entre US$ 22 milhões e US$ 92 milhões para desenvolver o transporte espacial e elaborar os veículos de lançamento e as naves espaciais do futuro.
A Blue Origin (receberá US$ 22 milhões); Sierra Nevada Corporation (US$ 80 milhões); Space Exploration Technologies Corp. (SpaceX, US$ 75 milhões) e Boeing (US$ 92,3 milhões) estão no páreo.
O objetivo é acelerar a disponibilidade dos veículos comerciais de transporte de tripulação e reduzir a lacuna existente na capacidade americana dos voos espaciais tripulados, indicou a agência espacial.
A Nasa pretende aposentar neste ano os dois últimos ônibus espaciais da frota de cinco que durante 30 anos enviou cargas e tripulantes à ISS (Estação Espacial Internacional), financiada por 16 países.
O problema é que ainda não há um meio de transporte espacial substituto aos ônibus espaciais. Até que as futuras naves sejam elaboradas, a ISS será abastecida pelas russas Soyuz e Progress.
"Nos comprometemos a transportar com segurança os astronautas americanos em uma nave de fabricação americana e pôr fim à atribuição deste trabalho a governos estrangeiros", disse o diretor da Nasa, Charles Bolden.
Ele afirmou em comunicado, divulgado nesta segunda-feira, que esses acordos permitirão à agência espacial concentrar seus recursos na exploração do espaço.
A nova política espacial do governo americano assumiu a meta de enviar a primeira nave tripulada a um asteroide em 2015 e a Marte em 2030.
"Estamos muito contentes com este anúncio hoje e esperamos ver em breve uma missão de voo comercial ao espaço", assinalou em entrevista coletiva Phil McAlister, diretor interino do departamento de desenvolvimento de voos espaciais comerciais do escritório da Nasa em Washington.
Ed Mango, diretor do programa de tripulação comercial da Nasa no Centro Espacial Kennedy na Flórida, destacou: "É um grande passo para o avanço do programa espacial americano."
"O próximo veículo de bandeira americana que levar nossos astronautas ao espaço será um fornecedor comercial dos Estados Unidos", ressaltou Mango.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Nasa divulga pacote de dados de telescópio para consulta pública

Missão Wise foi lançada em dezembro de 2009 com o objetivo de mapear todo o céu; 57% das imagens já estão disponíveis
A agência espacial norte-americana (Nasa) divulgou nesta sexta-feira, 15, o primeiro pacote de dados do telescópio espacial Wise (sigla em inglês para Explorador de Varredura Infravermelha de Campo Amplo) para consulta pública de astrônomos profissionais e amadores. Quem tiver interesse poderá navegar por imagens de milhões de galáxias, estrelas e asteroides coletadas desde dezembro de 2009, quando a missão começou.
Os dados disponibilizados representam os 57% iniciais do céu pesquisado e fotografado, o restante do material será disponibilizado até o meio do ano que vem.
A missão partiu com o há quase um ano e meio com o objetivo de mapear todo o céu em luz infravermelha, usando sua maior resolução para obter melhores imagens que seus antecessores. O telescópio já coletou mais de 2,7 milhões de imagens, capturando objetos que vão de galáxias distantes a asteroides relativamente próximos à Terra.
As descobertas já realizadas pela missão incluem 20 cometas, mais de 33 mil asteroides entre Marte e Jupiter e 133 cometas e asteroides próximos à Terra.
O que torna o Wise especial é sua capacidade de enxergar através de véus impenetráveis de poeira, captando o calor de objetos que são invisíveis para os telescópios comuns.

Brasil quer enviar sua primeira sonda a asteroide em 2015

Cientistas de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Brasília querem enviar ao espaço uma sonda para estudar um asteroide e fazer experimentos durante a viagem.
O asteroide --chamado de 2001-SN263-- fica a 11 milhões de km na aproximação máxima da Terra e tem duas "luas" ao seu redor.
A sonda deve ser obtida por uma parceria com a Rússia. Mas o desenvolvimento dos seus instrumentos está a cargo da UFABC (Universidade Federal do ABC).
Lá, pesquisadores de engenharia espacial estão fazendo equipamentos capazes de analisar a composição química do asteroide.
Isso é importante porque esses astros podem guardar informações sobre a origem do Sistema Solar.
"Os equipamentos já estão desenhados", diz Annibal Hetem, da UFABC.
O projeto também envolve experimentos da USP.
"Queremos testar a resposta de moléculas biológicas ao ambiente espacial, especialmente à radiação", diz o astrobiólogo Douglas Galante, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências da USP.
A parte da análise dos dados ficaria com a Unesp (Universidade Estadual Paulista).
De acordo com o físico Othon Winter, a universidade já está investindo em infraestrutura e pessoal técnico para receber as informações que viriam do espaço direto para Guaratinguetá.


SEM RECURSOS
O problema é que a fonte de recursos para o projeto, orçado em US$ 40 milhões, ainda está incerta. E, para alcançar o asteroide, a sonda deve ser lançada em 2015.
"O Brasil já faz estudos teóricos sobre dinâmica orbital e processamento de dados de outras sondas", explica Marco Antonio Chamon, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Os recursos poderiam vir de agências de fomento ou da AEB (Agência Espacial Brasileira) --que não prevê voos para o "espaço profundo".
Hetem, da UFABC, é mais otimista. "Mesmo que a sonda não decole, já ganhamos formando pessoal na área."

sábado, 16 de abril de 2011

Comprador paga US$ 2,8 milhões por cápsula espacial russa

Um comprador arrematou por US$ 2,8 milhões a cápsula de origem soviética utilizada para teste antes do voo histórico de Yuri Gagárin, que se tornou o primeiro ser humano a ir ao espaço. O leilão ocorreu na última terça-feira, em Nova York.
A cápsula Vostok 3KA-2, com valor estimado entre US$ 2 milhões e US$ 10 milhões, é semelhante à usada por Gagárin, que entrou para a história ao voar 108 minutos no espaço, em 1961, retornando a salvo.
Cápsula russa espacial Vostok 3KA-2, que orbitou a Terra com manequim humano e cão de verdade
Cápsula russa espacial Vostok 3KA-2, que orbitou a Terra com manequim humano e cão de verdade
De pequenas dimensões --tem 2,5 metros--, a Vostok 3KA-2 partiu em 25 de março de 1961. Dentro dela, havia um boneco com forma humana e o cachorro Zvezdochka (Estrelinha).
A nave completou uma órbita e regressou sem problemas à Terra, de paraquedas.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Nasa escolhe museus que receberão ônibus espaciais aposentados

Os três ônibus espaciais da Nasa serão exibidos em museus da Flórida, Califórnia e Virgínia depois de serem aposentados, disse a agência espacial norte-americana nesta terça-feira.
Museus de todo o país vinham competindo pelas naves, que param de funcionar deviao aos elevados custos operacionais e também para liberar verbas para uma nova geração de naves espaciais.
Discovery, que já cumpriu sua última missão, vai para o Museu Aeroespacial Nacional Smithsonian
Discovery, que já cumpriu sua última missão, vai para o Museu Aeroespacial Nacional Smithsonian

"Tomem conta direito dos nossos veículos. Eles serviram bem à nação", disse Charlie Bolden, administrador da Nasa, que anunciou o destino das três naves no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, no 30º aniversário do voo inaugural do primeiro ônibus.
A terça-feira marca também o 50º aniversário do lançamento da nave que levou o russo Yuri Gagárin, primeiro ser humano no espaço.
O ônibus Atlantis, que está sendo preparado para a 135ª e última missão da história dos voos espaciais, em meados do ano, vai permanecer na Flórida, no Centro de Visitantes do Centro Espacial Kennedy.
O Endeavour, que está na plataforma de lançamento para sua última decolagem, em 29 de abril, foi prometido ao Centro de Ciências da Califórnia, em Los Angeles.
O Discovery, que fez sua última missão no mês passado, deve ir para o Centro Udvar-Hazy, do Museu Aeroespacial Nacional Smithsonian, no norte de Virgínia.

Google presta homenagem ao russo Gagárin nesta terça-feira

O Google prestou homenagem nesta terça-feira ao astronauta russo Yuri Gagárin, 50 anos após o primeiro voo tripulado ao espaço, substituindo o logo da homepage por sua imagem e um foguete que decola quando o cursor é acionado.
Num estilo iconográfico, recordando os cartazes da era soviética, o Google substituiu o primeiro "O" do nome do grupo por uma foto de Gagárin com seu capacete espacial e o outro "O", pelo globo terrestre.
Página inicial do Google feita em homenagem ao russo Yuri Gagárin, 50 anos após 1º voo espacial tripulado
Página inicial do Google feita em homenagem ao russo Yuri Gagárin, 50 anos após 1º voo espacial tripulado

Uma nave espacial pousada sobre o globo decola quando o usuário passa com o cursor sobre o logo.
O Google muda frequentemente o logo colorido de sua homepage para recordar datas importantes e homenagear artistas, cientistas e homens de Estado.
Gagárin partiu para o espaço em 12 de abril de 1961, da república soviética do Cazaquistão, em sua nave Vostok 1.
A Rússia está celebrando com pompa o aniversário de 50 anos do voo de Yuri Gagarin, o primeiro homem a viajar ao espaço, que continua sendo um herói nacional e o símbolo do predomínio soviético na conquista do espaço.

Presidente russo diz que exploração espacial continua prioridade

A exploração do espaço continua sendo uma prioridade para a Rússia, afirmou o presidente Dmitry Medvedev nesta terça-feira, dia em que o país celebra o 50º aniversário do primeiro vôo do homem ao espaço.
"Fomos os primeiros no espaço, conseguimos enormes feitos, não queremos perder nossa vantagem", disse.
Nesta terça-feira, cerimônias e uma salva de 50 tiros de canhão em Moscou marcaram a data. Desde a missão de Gagárin em 1961, mais de 500 homens e mulheres seguiram seus passos.
Em um link de vídeo com a tripulação da Estação Espacial Internacional, Medvedev disse que a Rússia continuaria a dedicar recursos para a exploração do espaço.
Horas antes, Medvedev comentou que o vôo de Gagárin foi um episódio "revolucionário" que mudou o mundo.
Antes dele, não se sabia ao certo se um ser humano poderia suportar as condições no espaço. Alguns acreditavam que a ausência de gravidade pudesse induzir à loucura, entre outros mitos.
Mas quando Gagárin retornou, o mundo viu que o Cosmos não devia ser temido, e sim explorado.
Em 12 de abril de 1961, com o grito de "Aqui vamos nós!", Gagárin embarcou em uma viagem que durou 108 minutos.
Os EUA responderam dez meses depois, quando John Glenn se tornou o primeiro homem a orbitar a Terra.

Gagárin era de origem humilde e tinha só 1,60 m de altura

O cosmonauta Yuri Gagárrin, ainda célebre na Rússia 50 anos depois de ter sido o primeiro ser humano a viajar ao espaço, em 12 de abril de 1961, foi escolhido para a missão para encarnar o paradigma do homem soviético, especialmente por suas modestas origens camponesas.
Gagarin, morto em 1968, é um dos raros heróis nacionais cuja imagem não sofreu com a queda da União Soviética no fim de 1991. Para os russos, ele continua sendo ainda hoje "a personalidade mais atraente do século 20", apontam pesquisas.
Suas origens populares --um pai carpinteiro e uma mãe camponesa-- jogaram a favor de sua candidatura para se tornar o primeiro homem no espaço, frente a seu rival Gherman Titov, proveniente de uma família de professores e com a desvantagem de ter um nome germânico, segundo seus biógrafos.
Nascido em março de 1934 em um povoado perto de Smolensk (oeste), depois de uma infância difícil marcada pela guerra e pela ocupação nazista, Gagárin dedicou-se primeiramente a trabalhar como metalúrgico.
"Sua trajetória era semelhante à de qualquer de seus milhões de concidadãos", explicou à AFP Lev Danilkin, autor de uma monografia sobre o cosmonauta publicada nesta semana.
O jovem Gagárin, apaixonado por aviação, inscreveu-se em uma escola militar de Orenburgo (Montes Urais) e assumiu pela primeira vez o comando de um avião em 1955.
Quando em um dia de outono de 1959 uma comissão selecionava voluntários para pilotar um "tipo moderno de aeronave", sua baixa estatura --apenas 1,60 metro--o ajudou.
Vinte candidatos começaram um treinamento de um ano em um centro secreto de Moscou. Com o passar do tempo, não restaram mais de 12 e, logo, seis, entre eles, Gagárin.
O homem loiro, de olhos azuis e sorriso quase infantil encarnou o arquétipo do homem russo apontado como exemplo pela propaganda soviética.
Ganhou assim a simpatia de seus colegas, e em especial a de Serguei Korolev, pai da astronáutica soviética.
"Gagárin não era um líder, mas era amigo de todos, e Korolev o tratou como um filho", lembra o cosmonauta Boris Volynov.
Foto de Yuri Gagárin dentro da cápsula Vostok 1; o cosmonauta viajou ao espaço aos 27 anos
Foto de Yuri Gagárin dentro da cápsula Vostok 1; o cosmonauta viajou ao espaço aos 27 anos

CASAMENTO COM ENFERMEIRA
Em 1961, Gagárin é designado para efetuar o primeiro voo do homem ao espaço, fixado para 12 de abril. Nesse momento, tinha 27 anos e era casado com Valentina, uma enfermeira que acabava de dar à luz uma segunda filha.
A missão era perigosa: de 48 cães enviados ao espaço pela União Soviética, 20 tinham morrido. Mas "todos sonhavam em ir no lugar dele", disse Volynov à AFP.
"Yuri foi eleito por suas qualidades pessoais, muito próximas ao povo", e se transformou no símbolo perfeito dos êxitos da União Soviética, comentou o cosmonauta.
Recebido de forma triunfal pelo mundo inteiro, Gagárin completaria a missão perfeitamente, demonstrando segundo as testemunhas uma simplicidade absoluta.
Durante um jantar, recebeu um sorriso da rainha da Inglaterra ao admitir que não sabia com qual garfo poderia servir-se.
"Gagárin foi para os soviéticos o projeto de propaganda com mais sucesso", estimava Lev Danilkin.
Mas não apenas por isso: herói nacional com todos os privilégios, ele passava horas ao telefone para conseguir um remédio, um lugar no hospital ou um tíquete para o teatro Bolshoi para seus diversos amigos, lembra Volynov.
Cinquenta anos depois de seu voo, Gagárin encarna tanto "um produto 'kitch' da propaganda soviética" como os heróis românticos de uma época pesada, destaca seu biógrafo.
Sonhava em ir à Lua, mas o destino tinha decidido outra coisa.
Muito apreciado pelas autoridades soviéticas, permaneceu longo tempo com a proibição de pilotar antes de obter autorização.
Em 27 de março de 1968, ao pilotar um pequeno avião de treino, caiu no nordeste de Moscou em circunstâncias ainda pouco claras, e os arquivos desse acidente só começaram a ser abertos recentemente.

Astronautas pioneiros do espaço lembram feito de Gagárin

Pioneiros de dois voos espaciais durante a Guerra Fria se reuniram nesta segunda-feira em Moscou para lembrar, 50 anos depois, a conquista do russo Yuri Gagárin, primeiro ser humano a realizar uma viagem espacial, marcando assim o maior êxito da União Soviética sobre os Estados Unidos.
Participaram do encontro um colega de Gagárin, Alexei Leonov, primeiro humano a caminhar no espaço, Thomas Stafford, comandante da primeira missão espacial conjunta entre Estados Unidos e a URSS (Apollo-Soyuz), Valentina Tereshkova, primeira mulher a viajar ao espaço, e o primeiro astronauta chinês, Yang Liwei, entre outros.
A Rússia decidiu comemorar com grande pompa o aniversário da viagem espacial de Gagárin.
O voo de 108 minutos realizado no dia 12 de abril de 1961 pelo jovem astronauta de 27 anos, a uma altitude variável de 175 a 380 km, ainda é motivo de orgulho para os russos, duas décadas após a queda da URSS.
E a morte de Gagárin em um acidente de avião, em 1968, aumentou ainda mais seu status de figura mítica.

Repórter mostra local onde russos treinam para missão espacial

O repórter da BBC Steve Rosenberg teve acesso ao centro de treinamento de cosmonautas da Rússia, a Cidade das Estrelas, construída há 50 anos, no início da corrida espacial.
Na época, poucos sabiam o que acontecia no prédio militar soviético, que não aparecia em qualquer mapa e era conhecido apenas como Unidade Militar 26266.
Mas foi lá que o primeiro homem a ir ao espaço, o russo Yuri Gagárin, treinou para sua missão. E desde então, os cosmonautas se preparam no mesmo local
para ir ao espaço.
Dentro do centro de treinamento, reproduções em tamanho real da nave Soyuz, usada pelos russos para transportar homens para o espaço há mais de 40 anos, ajudam no treinamento.
Com a iminente aposentadoria dos ônibus espaciais americanos, as Soyuz serão o único meio de transporte possível entre a Terra e a ISS (Estação Espacial Internacional).
Para aprender a lidar com a gravidade zero, construiu-se uma enorme piscina no hidrolaboratório, com 5 milhões de litros d'água.
Vestidos com roupas espaciais que pesam 90 quilos, os cosmonautas simulam caminhadas espaciais.
Hoje em dia, cosmonautas levam até sete anos de treinamento para o seu primeiro voo.
Bem diferente da época de Yuri Gagárin. O pioneiro passou menos de um ano treinando para a primeira viagem do homem ao espaço.

Primeira ida do homem ao espaço faz 50 anos em clima incerto

Quando Yuri Gagárin, aos 27 anos, decolou para a primeira viagem de um homem ao espaço, o futuro das missões espaciais tripuladas era incerto. Exatos 50 anos depois, a situação não está muito diferente.
A Nasa, que tem o maior orçamento para esse fim no planeta, está muito perto de ficar sem veículos próprios para mandar seus astronautas para o espaço.
A grande aposta da agência espacial americana nos últimos 30 anos, os ônibus espaciais, em breve virarão, literalmente, peça de museu. A previsão é que a frota seja aposentada ainda este ano.
A segurança dessas naves foi colocada em xeque após uma série de falhas recentes e dois acidentes fatais --com a Challenger, em 1986, e com o Columbia, em 2003, levando à morte de 14 astronautas.
Com o orçamento reduzido e dificuldades técnicas para criar sua próxima geração de naves, a Nasa vai aposentar os "shuttles" (ônibus espaciais) ainda sem ter um substituto.
No discurso oficial, a agência diz que pretende confiar o transporte dos astronautas à iniciativa privada. Isso, no entanto, ainda não tem data para sair do papel.
CARONA
Na prática, porém, os americanos ficarão totalmente dependentes da nave russa Soyuz para levar seus astronautas à ISS (Estação Espacial Internacional).
E os russos, claro, já estão se aproveitando da situação. O preço da "carona" por astronauta, inicialmente combinado em US$ 56 milhões (aproximadamente R$ 90 milhões) acaba de ser reajustado para US$ 63 milhões (R$ 100 milhões).
O administrador da Nasa, Charles Bolden, já sentiu o tamanho do problema.
"É urgente e essencial que empresas americanas assumam o controle do transporte dos astronautas ao espaço", disse ele após ficar sabendo do reajuste.
A nave russa, aliás, é uma espécie de táxi galáctico. Foi nela que, em 2001, decolou o primeiro turista espacial, o bilionário californiano Dennis Tito, além de Marcos Pontes, o primeiro e até agora único astronauta brasileiro.
Apesar de ser o veículo espacial mais confiável atualmente em operação, a maior parte da concepção da Soyuz ainda se baseia em um projeto do fim dos anos 1960.
Com o colapso da União Soviética em 1991, o orçamento e o grau de prioridade do programa espacial foram reduzidos substancialmente.
O primeiro-ministro do país, Vladimir Putin, aproveitou as comemorações dos 50 anos do voo para anunciar uma ampliação do programa espacial russo.
"A Rússia não deveria se limitar ao papel de transportador espacial internacional. Precisamos aumentar nossa presença no mercado global voltado ao espaço", disse.
EMERGENTES
Mas, se para EUA e Rússia o programa espacial não tem mais a mesma importância da Guerra Fria, o interesse cresce nos emergentes.
Em 2003, a China tornou-se o terceiro país a levar um homem ao espaço usando meios próprios. O taikonauta --como é chamado o astronauta chinês-- Yang Liwei passou 21 horas na órbita da Terra. O país planeja levar um chinês à Lua até 2020.
Também na Ásia, a Índia tem anunciado planos de exploração espacial tripulada.

Rússia celebra 50 anos de vôo espacial tripulado de Gagárin

A Rússia celebra nesta terça-feira os 50 anos do primeiro vôo espacial tripulado por um ser humano, realizado pelo cosmonauta soviético Yuri Gagarin, em 12 de abril de 1961.
Desde a missão espacial de Gagárin, outros 500 homens e mulheres seguiram os seus passos.
O vôo de 108 minutos do cosmonauta lançou o mundo na era de missões espaciais tripuladas e foi um grande golpe de publicidade para a União Soviética, que já havia lançado anteriormente o primeiro satélite artificial, o Sputnik, em 1957.
''Eu era um jovem piloto na Alemanha; pilotava um F-102 em Rammstein, na Alemanha. Naquele ano, estávamos mais concentrados em construir o muro de Berlim do que em promover a corrida especial'', recorda o americano Charles Duke, que pisou na Lua durante a missão da Apollo 16, em 1972.
''Quando ele voou, minha primeira impressão foi... bem, eles passaram à nossa frente novamente'', conta o astronauta.
Sergei Khrushchev, filho de Nikita Khrushchev, que era o premiê soviético na época, disse à BBC: ''Nós estávamos muito orgulhosos, mas nós não compreendemos o quão importante era. Era mais um vôo, mais uma conquista.''
Mas ele conta que seu pai estava plenamente consciente do significado e promoveu uma celebração na praça Vermelha após o retorno de Gagárin a Moscou.
''Quando vimos a resposta dos moscovitas, com todo mundo nas ruas, nos topos dos edifícios e nas janelas, compararia essa celebração à do Dia da Vitória, de 9 de Maio (o final da Segunda Guerra Mundial para a União Soviética)'', conta Sergei Khrushchev.
Durante o período da Guerra Fria, as ''primeiras vezes'' eram usadas pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas para afirmar superioridade tecnológica e ideológica.
MISSÕES TRIPULADAS
Mas os responsáveis pelos programas espaciais americano e soviético tinham ambições mais elevadas, que envolviam enviar seres humanos em viagens pelo Sistema Solar. Antes de lançar missões tripuladas por humanos, eles experimentaram enviar animais para o espaço.
A despeito de falhas notórias, os testes bem-sucedidos indicaram que humanos eram capazes de sobreviver aos contratempos de uma viagem espacial.
Yuri Gagárin foi um dos 20 cosmonautas selecionados para o programa espacial soviético, em 1960. Os candidatos eram submetidos a um regime de treinamento severo, que envolvia longos períodos em câmaras de isolamento.
A lista de 20 aspirantes foi finalmente reduzida para dois: Gagárin e o piloto de teste German Titov.
Alguns acreditam que a origem humilde do cosmonauta contribuiu para que ele fosse o escolhido. Enquanto Titov teve uma criação de classe média, Gagárin era filho de carpinteiro e uma camponesa.
Os líderes soviéticos podem ter encarado isso como uma demonstração de que, sob o comunismo, até mesmo os representantes de famílias mais humildes poderiam ser bem-sucedidos.
Mas outros defendem que o desempenho do cosmonauta durante o processo de seleção foi um fator muito mais importante.
DIANTEIRA
No início de 1961, o astronauta americano Alan Shepard vinha treinando para um vôo suborbital em um foguete Mercury-Redstone, previsto para decolar em maio daquele ano.
Os soviéticos não estavam cientes da data do lançamento, mas Sergei Korolev, o cientista-chefe do programa espacial soviético, temia que os Estados Unidos saíssem na frente e pressionou para que o lançamento se desse o quanto antes.
Na manhã de 12 de abril de 1961, Gagárin, com 27 anos, aguardava ser lançado ao espaço do alto de uma plataforma de 30 metros na região de Tyuratam, no Cazaquistão, hoje conhecida como o Cosmódromo de Baikonur.
Quando o foguete decolou, às 9h07 do horário local, ele teria dito ''Aqui vamos nós''.
Com cerca de 1,60 metro de altura, Gagárin estava em melhores condições do que muitos para tolerar o aperto de sua cápsula espacial.
Ele se alimentava apertando tubos contendo alimentos líquidos e mantinha os controladores de sua missão a par de seu paradeiro por meio de um rádio de alta frequência e de uma chave de telégrafo.
CONTROLE
O cosmonauta não tinha, no entanto, qualquer controle sobre a sua nave espacial.
''Ninguém sabia que efeito a gravidade zero teria sobre os astronautas quando eles estavam lá em cima. Eles estavam preocupados com o risco de que ele pudesse ficar desorientado e inválido, uma vez exposto à ausência de gravidade'', lembra Reginald Turnill, repórter de temas aerospaciais da BBC entre 1958 e 1975.
''Foi decidido desde o início que ele não teria o controle da nave espacial, que o controle seria feito a partir da base'', conta o repórter da BBC.
Havia preocupação com o que aconteceria se o controle a partir da base fosse perdido, mas Gagárin recebeu um envelope selado contendo códigos que permitiram que ele assumisse o controle da nave espacial com o auxílio de um computador rudimentar que havia a bordo.
Só mais tarde veio à tona o fato de que a missão por pouco não se tornou um desastre. Cabos que ligavam a cápsula da nave espacial ao módulo de serviço não conseguiram se separar antes do reingresso de Gagárin na órbita terrestre.
Por isso, a cápsula acabou sobrecarregada por um módulo extra ao reingressar na atmosfera da Terra.
As temperaturas dentro da cápsula se tornaram perigosamente elevadas, e Gagárin por pouco não perdeu a consciência, após a cabine ter girado violentamente.
''Eu estava dentro de uma nuvem de fogo, me dirigindo para a Terra'', o cosmonauta depois recordou. Foram precisos dez minutos para que os cabos finalmente se soltassem e que o módulo de descida, contendo o passageiro, se libertasse.
O cosmonauta saltou de pára-quedas antes de sua cápsula atingir o solo, pousando perto do rio Volga.
GLÓRIA
Em seu retorno, o outrora desconhecido piloto se transformou em uma celebridade mundial. Monumentos foram erguidos em sua homenagem, ruas foram batizadas com o seu nome em diversas cidades soviéticas.
Gzhatsk, a cidade em que ele passou boa parte de sua infância, foi até mesmo rebatizada como Gagarin.
Nikita Khrushchev abraçou o cosmonauta assim que ele saltou do avião que o trouxe a Moscou. Pouco depois, o líder soviético o compararia a Cristóvão Colombo e lhe concederia o status de herói da União Soviética.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Gagárin deixou carta de despedida caso voo espacial fracassasse

Uma nova onda de curiosidade sobre a vida e a morte do cosmonauta Yuri Gagárin surge às vésperas do aniversário de 50 anos da viagem do primeiro homem a viajar ao espaço, comemorados nesta terça-feira.
Os voos experimentais realizados com animais, como a famosa cadela Laika em 1957, demonstraram que o estado vital de quem está em órbita piora dramaticamente a partir da terceira volta.
Por isso, nem todos acreditavam que a missão tivesse sucesso ou que Gagárin retornasse vivo sem perder a razão --os soviéticos prepararam de antemão três versões oficiais para serem divulgadas.
O próprio Gagárin, muito consciente do risco da gravidade zero, escreveu uma carta a sua esposa, na qual dava permissão para ela se casar novamente e pedia que ela educasse as duas filhas "não como pequenas princesas, mas como pessoas normais".
Gagárin (na foto, em treinamento) disse para esposa casar novamente e educar filhas como pessoas normais
Gagárin (na foto, em treinamento) disse para esposa casar novamente e educar filhas como pessoas normais

"VAMOS LÁ"
Pouco antes de a nave Vostok ser lançada em 12 de abril de 1961, e realizar o feito na corrida espacial travada entre Rússia e Estados Unidos, Gagárin brincou: "O importante é que temos salsichão para acompanhar aguardente."
No voo sem precedentes históricos, Gagárin (1934-68) manteve uma breve conversa com o pai do programa espacial soviético, Sergei Korolev.
"Aí você têm café da manhã, almoço e jantar. Embutidos, balas e chá. Ao todo, 63 itens. Vai voltar a engordar", falou à época Korolev, obsessivo para que o cosmonauta tivesse alimentos suficientes antes de retornar à Terra.
Na verdade, a ideia era só dar uma volta ao redor do planeta, mas Korolev decidiu estocar mais alimentos para o caso de surgirem complicações. Em outras palavras, a missão falhar.
A integridade de Gagárin foi tal, que ele teve tempo de rir dos nervosos técnicos que o acompanharam até o interior da Vostok quando, devido a uma falha hermética, tiveram de retirar e colocar cada um dos 32 parafusos que selavam a escotilha.
O famoso "Vamos lá!", dito pelo cosmonauta, ocorreu pouco antes do início da volta no planeta em 108 minutos.
Para a a aterrissagem, as autoridades da Rússia se preocupavam com a hipótese de Gagárin pousar fora do território russo. A agência oficial russa de notícias, a Tass emitiu um documento a todas as nações sobre a viagem do cosmonauta, e que ele poderia aterrissar no solo de uma delas.
Finalmente, um outro comunicado informou que às 10h55 no horário de Moscou, a nave espacial Vostok havia aterrissado na região da União Soviética e o piloto-cosmonauta major Gagárin pedia que se comunicasse ao governo que a aterrissagem havia transcorrido com normalidade, que estava bem e não sofrera qualquer lesão.
"Os primeiros sempre são pessoas de sorte. É preciso reconhecer que o bem-sucedido voo de Gagárin foi em grande parte uma questão de sorte", comentou o subchefe da agência espacial russa (a Roscosmos), Anatoli Davydov.
Ele lembrou que poderiam ter ocorrido inúmeras "situações desagradáveis". "Mas não ocorreram", disse.
CONSPIRAÇÃO
A morte de Gagárin durante um voo de treinamento de um caça Mig, depois de sete anos após sua viagem ao espaço --ele morreu em 27 de março de 1968--, levou à uma teoria conspiratória.
O chefe dos arquivos do Kremlin, Aleksandr Stepanov, contestou a tese nesta semana. "A causa mais provável da catástrofe foi uma brusca manobra para evitar uma sonda", disse.
O relatório de novembro de 1968 aponta que a manobra levou o avião "a um estado crítico de voo e a sua queda em condições climatológicas adversas".
Outra provável causa nos arquivos indica que o acidente poderia ter ocorrido quando Gagárin tentava evitar a entrada em uma camada de nuvens.
COMEMORAÇÕES
A pedido da Rússia, a Assembleia Geral da ONU declarou em 12 de abril "Dia Internacional do Voo do Homem ao Espaço". Nesta terça, haverá diversos eventos em Moscou em alusão ao marco, incluindo uma salva de artilharia de 50 tiros de canhão no Kremlin.
Em outros países do mundo, o cosmonauta será homenageado. Na praça Trafalgar, em Londres, ergueu-se uma estátua de Gagárin pela cidade ter sido a primeira visitada após seu histórico voo.

Buraco negro "mãe" do Universo teria a massa de 3.000 sóis

O útero cósmico no qual o nosso Universo teria sido gestado era um buraco negro da categoria peso-pesado, cuja massa seria equivalente a 3.000 vezes a do nosso Sol.
É isso o que propõe o físico polonês Nikodem Poplawski, da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos.
Em artigo publicado no "ArXiv" (uma espécie de biblioteca eletrônica aberta, na qual os físicos costumam divulgar versões preliminares de suas pesquisas para apreciação da comunidade científica), ele apresentou o cálculo da massa necessária para que um buraco negro produza um Universo com as características do nosso.
NATIVIDADE
O polonês reacendeu a discussão sobre a possibilidade de o Cosmos ter "nascido" dentro de um buraco negro.
Ele publicou uma sequência de artigos sobre o tema no "ArXiv" e na revista "Physics Letters B", uma das mais importantes sobre física nuclear e de partículas.
Essas publicações confrontam a teoria do Big Bang, que define que o Universo teria surgido a partir da expansão de uma grande concentração de massa e energia, comparada a uma explosão.
A questão é que, quando se considera que o Big Bang é o início de tudo, é preciso postular que a expansão do Universo teria começado a partir de um ponto incrivelmente pequeno, de densidade e energia infinitas.
Para os físicos, esses infinitos são suspeitos, porque fica impossível investigar o que acontecia no momento inicial da expansão cósmica.
Uma das formas de resolver o problema é propor que o Big Bang não foi o começo de tudo o que existe, mas uma perturbação no interior de um buraco negro em outro universo, conforme defendido pelo cientista polonês.


Segundo Poplawski, todos os universos (já que haveria vários deles) estão dentro de buracos negros. E todos têm estrelas que, se altamente contraídas (quando seu combustível acaba), dariam origem a novos buracos negros --e a novos universos.
Os números da conta saíram de uma modificação da teoria da relatividade geral de Einstein (que Poplawski vem usando nos seus estudos com frequência).
"Outros trabalhos mostram que algo acontecia antes do Big Bang", disse Poplawski à Folha.
Ele, de fato, não está sozinho. "Poplawski não é o único a especular sobre o que poderia ter havido antes do Big Bang", afirma Roberto Belisário, físico formado pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
"Entre os cosmólogos, o Big Bang já não é mais considerado o início da criação de tudo. Deve ter havido um 'antes', assim como está havendo um depois", completa.
A repercussão sobre a nova proposta do físico polonês ainda está engatinhando.
"A teoria ainda é muito qualitativa. Só o tempo dirá qual ideia vencerá essa corrida", conclui Belisário.

domingo, 10 de abril de 2011

Conheça a saga do homem no espaço nas últimas cinco décadas

50 anos do Homem no Espaço Crédito: Adams Carvalho
Yuri Gagarin

O dia 12 de abril é uma data especial para o mundo: naquela data, exatamente 50 anos atrás, pela primeira vez uma pessoa deixava o nosso planeta e visitava o espaço sideral.
Ele se chamava Yuri Gagarin e nasceu na Rússia, na época em que o país se chamava União Soviética. Naquele lugar, os viajantes espaciais recebem o nome de "cosmonautas", e Yuri foi o primeiro deles. Ele tinha apenas 27 anos em 1961, quando fez sua aventura cósmica.
SORRIDENTE
Filho de camponeses, ele foi escolhido para a viagem por ser um ótimo piloto de avião e por ser muito simpático (o governo russo sabia que ele se tornaria muito famoso depois da missão e queria alguém que fosse legal com as pessoas).
Yuri passou por alguns apertos durante a viagem espacial. Ele subiu ao céu numa cápsula colocada na ponta de um foguete e foi quem viu pela primeira vez que, vista do espaço, a Terra é azul.
Ele deu uma volta inteira ao redor do nosso planeta e retornou em pouco mais de uma hora e meia. Mas, durante a descida, ele teve de saltar de sua espaçonave e chegar ao chão de paraquedas, porque o tranco era muito grande no impacto da nave com o solo.
Cinquenta anos de aventuras
Depois que Yuri retornou, os Estados Unidos, maior rival da União Soviética, decidiram que também começariam a transportar astronautas. E o maior objetivo deles seria mandar pessoas para a Lua.
50 anos do Homem no Espaço Crédito: Adams Carvalho
Chegada à Lua

Caminhadas lunares
Depois de construir foguetes e espaçonaves, os americanos Neil Armstrong e Edwin "Buzz" Aldrin foram os primeiros a andar na Lua, em 20 de julho de 1969. O nome do personagem Buzz Lightyear, do filme "Toy Story", é uma homenagem a Aldrin.
Estação espacial
Os russos bem que tentaram chegar à Lua primeiro que os americanos. Mas, como não conseguiram, eles resolveram construir as primeiras estações espaciais. A mais famosa delas foi a Mir (palavra que significa "paz" em russo), colocada no espaço em 1986 e desativada em 2011.
Colaboração internacional
Nos anos 90, os Estados Unidos e a Rússia pararam de brigar e construíram a Estação Espacial Internacional. O astronauta brasileiro Marcos Cesar Pontes foi para lá em 2006.
Ônibus espacial
Depois do sucesso com seis missões à Lua, os Estados Unidos decidiram construir uma nave que voasse como foguete e voltasse à Terra como avião: era o ônibus espacial. Uma frota de veículos foi construída e rendeu mais de cem missões, desde 1981. Sua aposentadoria deve acontecer agora, em 2011.
O futuro está no planeta vermelho
Astronautas estão realizando pesquisas neste momento a bordo da Estação Espacial Internacional, com o objetivo de aprender como se faz para viver melhor fora da Terra.
Tudo isso porque espera-se que nos próximos 50 anos enviemos as primeiras missões na direção do planeta Marte.
Esse mundo fica bem mais distante daqui do que a Lua, e por isso é tão difícil ir até lá. Vale tentar, porque existe a possibilidade de encontrarmos outras formas de vida lá. Sim, extraterrestres! Mas eles não serão como nos filmes. Provavelmente, tudo que pode viver em Marte são micróbios simples.

50 anos do Homem no Espaço Crédito: Adams Carvalho
No futuro, turistas no espaço
 Você também pode ir ao espaço
Uma coisa muito curiosa está acontecendo agora: diversas empresas estão construindo naves para levar passageiros comuns ao espaço. Ou seja, em alguns anos, será possível viajar para fora da Terra sem ser um astronauta!
O projeto mais avançado é de uma companhia chamada Virgin Galactic. Criada nos Estados Unidos, ela terá naves com capacidade para seis pessoas, além do piloto e o copiloto. O veículo já está pronto, mas ainda está na fase de testes. Espera-se que os primeiros passageiros sejam transportados ano que vem ou, no máximo, em 2013. Mas esses voos serão bem curtinhos, e as pessoas só ficarão uns 15 minutos no espaço antes de voltar à Terra.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Satélite observa oscilações de luz em estrelas parecidas com o Sol

Estudo destas diferenças pode levar à descoberta de novos planetas
O satélite Kepler da Nasa detectou variações na luminosidade de 500 estrelas parecidas com o Sol do nosso sistema. Estas observações, que serão publicadas na edição desta semana da revista Science, auxilia os astrônomos a entenderem a natureza e evolução destes astros.
Estas observações dão uma ideia da massa, raio e idades destas estrelas, assim como sua estrutura. Os cientistas já identificaram a oscilação em cerca de 25 estrelas com tamanho, idade e composição similares ao Sol.
Mas a principal missão do Kepler é ajudar na localização de planetas parecidos com a Terra, que poderiam ser habitáveis. As oscilações da luz ajudam nesta localização porque podem indicar que há um planeta orbitando estes astros.
Para este tipo de observação, o satélite tem um fotômetro, instrumento que mede a intensidade da luz. Este fotômetro inclui um telescópio e uma câmera de 95 megapixel. A expectativa é que seja possível observar 170 mil estrelas em pelo menos três anos e meio.
Entre as projetos futuros desta missão está o estudo para determinar a idade de todas estas estrelas e das estrelas próximas aos planetas que poderiam ter vida.
O telescópio, lançado em 2009, está orbitando o Sol entre a Terra e Marte, conduzindo um censo planetário e buscando planetas similares à Terra. Ele já descobriu que há mais planetas muito menores que Júpiter - o maior planeta do nosso sistema solar - do que planetas gigantes.
Gabriel Diaz/Instituto de Aastrofisica de Canarias

Rússia quer aumentar sua participação no programa espacial

Governo russo tem o quarto maior orçamento direcionado para o programa espacial
A Rússia vai impulsionar seus esforços para a exploração do sistema solar e procura por uma participação maior no mercado de lançamentos espaciais na próxima década, disse o primeiro-ministro Vladmir Putin.
viagem pioneira de Yuri Gagarin, Putin disse que os planos russos vão além do transporte de pessoas para a Estação Espacial Internacional (ISS).
"A Rússia não deveria se limitar ao papel de transportador espacial internacional. Precisamos aumentar nossa presença no mercado global voltado ao espaço", disse.
O orçamento russo para a área no biênio 2010-2011 é de cerca de US$ 7, 09 bilhões, que de acordo com Putin é o quarto maior orçamento para o programa espacial do mundo, perdendo apenas para a Agência Espacial Americana (Nasa), a Agência Espacial Europeia (ESA) e a França. "Tantos recursos nos permite estabelecer grande metas", disse Putin.
Putin disse que a Rússia é responsável por 40% dos lançamentos espaciais e quer aumentar a participação para 50% no futuro próximo no que ele diz ser um mercado de US$ 200 milhões.
A Rússia, que tem usado o Cosmódromo de Baikonur no Casaquistão para todos os lançamentos tripulados, vai começar a mandar os cosmonautas para o espaço a partir de uma nova instalação que será construída na Sibéria.
"Vale a pena lembrar que nossas missões das décadas de 1950 e 1970 foram as primeiras a alcançar a Lua, Marte e Vênus. Estas realizações estão escritas na história das pesquisas espaciais para sempre", disse Putin. "Agora a Rússia está de volta à exploração dos planetas do sistema solar".

Soyuz acopla à Estação Espacial 50 anos após viagem de Gagarin

A nave Soyuz, decorada com um retrato do primeiro homem que foi ao espaço, acoplou à Estação Espacial Internacional na quinta-feira (horário local), dias antes do 50o aniversário do voo pioneiro de Yuri Gagarin.


O astronauta norte-americano Ron Garan e os cosmonautas russos Alexander Samokutyayev e Andrey Borisenko vão se juntar a outros três tripulantes a bordo da estação orbital depois do acoplamento que, segundo a Nasa, aconteceu às 20h09 (horário de Brasília).

A nave Soyuz TMA-21 decolou na madrugada de terça-feira da base de lançamento russa de Baikonur, no Cazaquistão, onde o voo do icônico cosmonauta começou em 12 abril de 1961.

A apertada Soyuz não parece muito diferente do aparelho soviético que levou Gagarin em torno da Terra num voo único de 108 minutos que surpreendeu o mundo e elevou as apostas na corrida espacial entre americanos e soviéticos.

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, que tinha dois anos de idade no tempo do voo histórico, visitará a cidade natal de Gagarin, 150 quilômetros a oeste de Moscou, na quinta-feira, antes da comemoração de 12 de abril.

Moscou também espera receber os chefes de todas as agências espaciais do mundo para as comemorações da próxima terça-feira e as discussões sobre o futuro dos voos espaciais humanos depois da aposentadoria da Estação Espacial, em 2020.

Nave tripulada Soyuz 'Gagarin' se acopla à ISS

Dois astronautas russos e um americano viajaram a bordo da nave
A nave Soyuz TMA-21 chegou a Estação Espacial Internacional (ISS) na noite desta quarta-feira, 6. Os russos Aleksandr Samokutiáyev e Andrei Borisenko e o americano Roland Garan se juntam ao russo Dmitri kondrátiev, a americana Catherine Coleman e o italiano Paolo Nespoli, que já se encontravam a bordo da ISS.
A missão da Soyuz, que também é conhecida como "Gagarin" em homenagem ao primeiro homem que viajou ao espaço, vai durar cerca de cinco meses. Entre os experimentos que serão realizados se destaca o chamado "Huracán", que procura prever e prevenir desastres naturais em diferentes partes do planeta, assim como estimar os danos causados por fenômenos como terremotos e tsunamis.
Samokutiáyev se tornou o cosmonauta número 200 a entrar na ISS, segundo a agência Interfax. No total, 199 pessoas procedentes de 15 países estiveram na ISS: 138 americanos, 33 russos, sete canadenses, cinco japoneses, três italianos e três franceses, dois alemães e um respectivamente da África do Sul, Bélgica, Espanha, Holanda, Brasil, Suécia, Malásia e Coreia do Sul.
Os dois cosmonautas russos, que não têm experiência no espaço, e o astronauta da Nasa, que conta com um voo orbital em seu currículo - a bordo da nave Discovery (2008) -, permanecerão na estação espacial 164 dias e retornarão à Terra o próximo dia 16 de setembro. A expedição número 27 da ISS receberá duas naves americanas (um Endeavour e um Atlantis) e três cargueiros russos Progress.
Carla Cioffi/Nasa
Roland Garan, Alexander Samokutyaev e Andrey Borisenko durante coletiva de imprensa

Pesquisadores encontram novo mineral em meteorito

Wassonite é composto pelos elementos enxofre e titânio
Pesquisadores da Nasa, Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão encontraram um novo tipo de mineral, que recebeu o nome de Wassonite em homenagem ao pesquisador John T. Wasson. A descoberta foi feita em um meteorito encontrado na Antártida em dezembro de 1969.
O meteorito pode ter se originado de um asteroide que orbitava entre Marte e Jupiter. O Wassonite está entre os menores e mais importantes minerais identificados no meteorito de 4,5 bilhões de anos. A Associação Mineralógica Internacional já aprovou a descoberta.
De acordo com os pesquisadores, o Wassonite é formado por dois elementos, o enxofre e o titânio. Ele possui uma estrutura cristalina única, ainda não encontrada na natureza. Em volta dele há outros minerais desconhecidos que estão sob avaliação.
Nasa/Divulgação
Wassonite foi encontrado em meteorito recolhido na Antárdida
O estudo dos minerais pode revelar dados importantes sobre a formação do sistema solar. A descoberta foi feita com o auxilio do microscópio eletrônico de transmissão da Nasa, que conseguiu isolar o Wassonite e determinar a sua composição química e estrutura atômica.

Asteroide com 400 m de diâmetro passa pela Terra em novembro

Um asteroide com 400 metros de diâmetro vai passar perto da Terra no início de novembro, provavelmente no dia 8, segundo previsões iniciais.
"A aproximação com a Terra do asteroide 2005 YU55 é incomum pela curta distância e pelo seu tamanho. Em média, ningúem esperaria que um objeto deste porte passasse tão perto em 30 anos", comenta Don Yeomans, da Nasa.
Pela sua dimensão e trajetória próxima à Terra, o 2005 YU55 entrou para a lista de asteroides "potencialmente perigosos" na definição do centro planetário de Cambridge, em Massachusetts, noticia o site www.space.com.
Os cientistas, entretanto, estão ansiosos com a notícia, vista como uma "oportunidade única". "Em um sentido real, fornecerá uma resolução de imagem comparável ou até melhor do que um missão de uma nave espacial', diz Lance Benner, pesquisador do JPL (Laboratório de Jato de Propulsão) da Nasa.
Segundo estimativas, a rocha espacial estará a 0.85 distância lunar --menos que os cerca de 384 mil quilômetros que separam a Terra da Lua.
A passagem do asteroide, identificado pela primeira vez em 28 de dezembro de 2005, mobilizará um programa extenso de observações por radar, raios infravermelhos e a olho nu.
Imagem de radar do asteroide 2005 YU55, que vai se aproximar da Terra na data provável de 8 de novembro
Imagem de radar do asteroide 2005 YU55, que vai se aproximar da Terra na data provável de 8 de novembro

Astronauta tira foto da Terra de dentro de observatório da ISS

Um dos membros da ISS (Estação Espacial Internacional) escolheu o oceano Pacífico para fazer uma foto da Terra. A Nasa divulgou a imagem tirada em 20 de março nesta sexta-feira.
O clique foi feito a partir de uma cúpula da ISS, que é capaz de acomodar dois astronautas e equipamento portátil como o que controla o mecanismo de robôs da estação orbital. O local não é dos mais confortáveis: possui somente três metros de diâmetro.
A cúpula também permite que os astronautas monitorem as caminhadas no espaço, na parte externa da ISS, e as acoplagens de espaçonaves enviadas pela Terra.
Foto do oceano Pacífico tirada da cúpula de observação, de onde se pode acompanhar atividades fora da ISS
Foto do oceano Pacífico tirada da cúpula de observação, de onde se pode acompanhar atividades fora da ISS

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Astrônomos estão intrigados com explosão atípica no espaço

Uma explosão de raios gama, não visíveis a olho nu, que ocorreu em uma galáxia distante da Terra intriga atualmente os astrônomos.
O satélite Swift, da Nasa (agência espacial americano), captou pela primeira vez o fenômeno, que está a 3,8 bilhões de anos-luz da Terra, em 28 de março.
Geralmente, a energia que se expande devido à explosão toma algumas horas. Mas, neste caso, está durando mais. Há mais de uma semana, a radiação pode ser vista em volta da sua fonte.
A ocorrência provavelmente tem como causa uma estrela que explodiu ao passar muito perto de um buraco negro.
O telescópio Hubble vai observar se o brilho passará por mudanças nas próximas semanas.
Imagem composta por fotos tiradas pela Nasa mostra radiação que dura há mais de uma semana
Imagem composta por fotos tiradas pela Nasa mostra radiação que dura há mais de uma semana

Telescópio fotografa aglomerado de estrelas bebês; veja

A Nasa (agência espacial americana) divulgou nesta quinta-feira a imagem do Rho Ophiuchi, um dos complexos de formação estelar que se encontra mais perto da Terra.
As variedades de cores representam, na verdade, diferentes ondas de luz infravermelha.
A de cor branca, no centro da imagem, brilha por causa da energia emitida por estrelas próximas.
A vermelha, no canto inferior direito, é a luz da estrela Sigma Scorpii, que está no seu centro.
As áreas mais escuras são regiões com gás frio e denso que bloqueiam a luz dos arredores, resultando em uma nuvem escura.
A parte rosa são estrelas bebês que estão no início de seu processo de formação.
Rho Ophiuchi é um dos complexos de formação estelar que se encontra mais perto da Terra
Rho Ophiuchi é um dos complexos de formação estelar que se encontra mais perto da Terra