Um equipamento que será transportado pelo ônibus espacial Endeavor na sexta-feira foi projetado para fornecer aos cientistas o primeiro estudo de medição detalhado sobre as partículas com cargas elétricas que correm pelo Cosmos.
O AMS (sigla em inglês para Espectrômetro Magnético Alfa) poderá reformular a compreensão moderna sobre o Universo, de forma muito parecida como o telescópio espacial Hubble desbravou novas fronteiras da astronomia, sendo responsável pela surpreendente descoberta de que a taxa de expansão do Universo está acelerando.
"Os raios cósmicos com carga são uma área da ciência praticamente inexplorada", disse o físico Samuel Ting, do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts).
Laureado com um Nobel, ele lidera a equipe de 600 pessoas que desenvolveram o AMS ao custo de US$ 2 bilhões.
As imagens proporcionadas pelo AMS, montado no centro de pesquisa Cern, perto de Genebra, poderão elucidar a chamada matéria escura do universo --a matéria que até agora não foi encontrada, mas é necessária para explicar o que é observável.
Estrelas, planetas, gás, poeira e outros fenômenos detectáveis são responsáveis por menos de 10% da matéria que se acredita existir. Sem a matéria escura ou algum outro fenômeno, as galáxias seriam incapazes de se manterem como são.
Embora por definição, a matéria escura não possa ser detectada diretamente, estudos mostram que a colisão de partículas escuras deve deixar pegadas reveladoras na forma de pósitrons, um tipo de partícula da matéria normal.
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