O CNRS (Centro Nacional de Pesquisas Científicas, na sigla em francês), da França, informou na quarta-feira que uma equipe da entidade comprovou, pela primeira vez em laboratório, que a luz não se propaga à mesma velocidade em todas as direções sob o efeito de um campo eletromagnético.
O CNRS indica que, no vazio absoluto, a luz viaja a uma velocidade constante de 299.792.458 metros por segundo, mas que há casos, principalmente quando um campo elétrico e um magnético entram em ação, em que essa propriedade não tinha sido demonstrada.
Até o momento, as possíveis variações da velocidade da luz nessas condições eram muito difíceis de verificar, mas os avanços tecnológicos, de acordo com o CNRS, permitiram detectar esses efeitos em um gás (neste caso, o nitrogênio).
Os pesquisadores conceberam uma cavidade óptica na qual feixes luminosos atravessavam um dispositivo com ímãs e eletrodos que geraram campos eletromagnéticos intensos, 20 mil vezes superiores ao da Terra, e demonstraram que a luz não se propagava à mesma velocidade em um determinado sentido e no sentido inverso.
A diferença registrada é de aproximadamente 1 bilionésimo de metro por segundo, uma quantidade ínfima que já tinha sido prevista teoricamente, mas que até o momento não havia sido comprovada de forma empírica, em laboratório.
Esses resultados permitiriam, demonstram os casos citados, refinar a detecção de anisotropia da propagação luminosa, que poderia ter "aplicações inéditas" em óptica, como por exemplo no que diz respeito a componentes cujo comportamento poderia diferir segundo a direção da luz.
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