Trata-se do sistema europeu de posicionamento por satélites, que ainda está em fase de implantação e concorrerá com o GPS americano. De 2007 a 2020, estima-se um investimento de mais de 5 bilhões de euros no projeto.
A ideia de convidar o Brasil partiu da Comissão da UE (o órgão executivo do bloco), mas ainda está em processo de aprovação pelo Conselho da União Europeia (formado por ministros e chefes de Estado dos países do bloco).
Depois de aprovada, só então a proposta deve ser apresentada ao Itamaraty.
A condição para a entrada do Brasil no programa é que uma base de monitoramento europeia seja instalada em território nacional.
Ela deve fazer parte de uma rede de ao menos 20 bases instaladas em diversos países, que serão usadas no controle dos satélites e na troca de dados e informações.
Tais bases terão conexão direta com centrais de controle no continente europeu.
CIVIL, NÃO MILITAR
Uma vez estabelecida a parceria, o Brasil deve ter o direito de usar o sistema em aplicações civis, tais como o controle do tráfego aéreo, gestão de linhas ferroviárias e transporte marítimo, agricultura e proteção ambiental.
Também devem ser possíveis usos domésticos, como o sistema de navegação em carros particulares.
Apesar de o Brasil ceder uma base em seu território, não terá o direito de usar aplicações militares do sistema. Isso significa que, em ações bélicas, o país continuará dependente de sistemas internacionais, que podem ser bloqueados em conflitos.
Além do GPS dos EUA, a Rússia tem uma rede de satélites com fins militares (Glonass), e a China e o Japão trabalham no desenvolvimento de um sistema regional.
O Galileo promete ser mais preciso que o atual GPS. Enquanto o sistema americano admite uma margem de erro de metros, os europeus dizem que errarão por centímetros.
Mas o sistema da UE precisará fazer uso de satélites americanos para complementar a sua rede.
O Galileo utilizará 30 satélites em órbita média da Terra, em uma inclinação que, em tese, trará informações mais precisas de áreas localizadas em latitudes mais altas, sendo mais útil para países no norte da Europa.
Até agora só dois satélites experimentais foram lançados. Os dois primeiros satélites funcionais devem ser colocados em órbita no segundo semestre deste ano.
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