O Atlantis pousou nesta quinta-feira no Centro Espacial Kennedy, em Cabo Cañaveral, Flórida (sudeste), exatamente 42 anos depois de Neil Armstrong ter-se tornado o primeiro a pisar pela primeira vez a Lua.
Com a aterrissagem, que ocorreu exatamente às 5h56 (6h56 de Brasília), finaliza uma era de dominação dos Estados Unidos na exploração espacial.
Até 2015, quando deverá estar pronto um novo veículo espacial, os astronautas americanos vão depender das Soyuz russas para viajar à ISS (Estação Espacial Internacional).
Durante a missão de quase oito dias atracado à ISS, o Atlantis e seus quatro astronautas deixaram lá várias toneladas de alimentos e equipamentos para que a estação orbital e sua tripulação permanente de seis pessoas contem com provisões durante um ano.
NOSTALGIA
O Atlantis lotou seu compartimento de carga com 2,57 toneladas de resíduos e material usado que estavam na ISS. No espaço e na Terra, a quarta-feira foi um dia de nostalgia.
"Minha prioridade, agora, é garantir que a nave e a tripulação cheguem à pista de pouso com toda a segurança", disse à CNN o ex-astronauta Charles Bolden, chefe da agência espacial americana.
Sobre a chegada do Atlantis, ele disse: "Minhas lágrimas serão de tristeza, mas também de alegria. De alegria, porque já estamos trabalhando com empresas privadas para enviar material à ISS no próximo ano."
Antes de os astronautas dormirem, o comandante da missão, Chris Ferguson, leu uma citação de Gene Kranz, o director de voo famoso por salvar os astronautas do Apolo 13, depois que um tanque de oxigênio explodiu durante viagem à Lua.
"Rezo para que nosso país encontre algum dia a coragem para aceitar o risco e os desafios para terminar o trabalho que começamos", dijo Ferguson, considerando a citação de Kranz "muito apropriada".
Como parte do programa de ônibus espaciais, cinco naves (Atlantis, Challenger, Columbia, Discovery e Endeavour) integraram a flota dos primeros veículos espaciais reutilizáveis do mundo.
Além do protótipo Enterprise, que nunca voou, só três ficarão expostos, agora, em museus, depois da destruição do Columbia e do Challenger em acidentes que provocaram a morte de seus tripulantes.
Em momentos de austeridade fiscal, o presidente Barack Obama decidiu pôr fim ao programa dos ônibus espaciais, 30 anos depois do primeiro voo, o do Columbia, em 12 de abril de 1981. Cada uma das 135 missões, desde essa época, custaram entre US$ 450 milhões e US$ 500 milhões.
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