O diretor da Nasa (agência espacial americana), Charles Bolden, reiterou nesta terça-feira que o fim da era dos ônibus espaciais não significa o fim das viagens tripuladas ao espaço. Bolden discursou à Comissão de Ciência, Espaço e Tecnologia da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, cujos membros foram muito críticos com a agência espacial americana, e em particular com seu diretor, por não ter preparado um veículo para substituir os ônibus espaciais.
O presidente da comissão, o republicano Ralph Hall, lembrou que a audiência foi convocada há meses para que Bolden falasse sobre os custos, as capacidades, o programa de desenvolvimento e como seria o novo veículo espacial.
No entanto, nove meses depois de o presidente americano, Barack Obama, assinar a lei de autorização de verbas para a Nasa, que incluía cláusulas para selecionar a próxima nave tripulada e o sistema de lançamento, Bolden não anunciou em que veículo os Estados Unidos trabalharão.
Hall considerou o silêncio da Nasa um "insulto" para os membros da comissão e uma "vergonha" para os que querem "preservar", "proteger" e "defender" a liderança dos Estados Unidos na prospecção espacial.
"Estamos vendo a Nasa pagar por viagens espaciais a países que poderiam não ter em mente os melhores interesses dos Estados Unidos", ironizou Hall.
Os astronautas americanos que viajarem a partir de agora à ISS terão de fazê-lo a bordo das naves russas Soyuz. Por isso, terão de pagar mais de US$ 40 milhões. Além disso, cada viagem poderá ter no máximo dois americanos.
Bolden defendeu que o fim da era dos ônibus espaciais não representa o fim da prospecção espacial americana. Segundo ele, a Nasa pretende alcançar um asteroide até 2025 e liderar uma missão tripulada a Marte até 2030.
"As crianças de hoje não voarão nos ônibus espaciais, mas caminharão em Marte", declarou o diretor.
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